Summorum Pontificum: 9 anos de desobediência dos Bispos do Brasil

Se passaram 9 anos da publicação do Motu Proprio Summorum Pontificum  do Papa Bento XVI que reconheceu que a Missa Tridentina nunca foi proibida e ao mesmo tempo dá total liberdade para qualquer sacerdote Romano celebrar com o Missal de João XXIII, como diz o artigo segundo: "Para tal celebração segundo um ou outro Missal, o sacerdote não necessita de qualquer autorização da Sé Apostólica nem do seu Ordinário(Bispo)". Essa é parte que os Bispos brasileiros ainda não entenderam, pois muitos Padres e Seminaristas são perseguidos e até mesmo ameaçados de serem suspensos de ordem ou expulsos dos seminários por simplesmente aderirem a uma tradição litúrgica reconhecida por formar Santos e de acordo com a legislação universal da Igreja. 

Também no artigo 9º/3 diz "Aos clérigos constituídos «in sacris», é lícito usar o Breviário Romano promulgado pelo Beato  João XXIII em 1962" assim também é licito o Padre rezar a liturgia das horas de acordo com a liturgia antiga da Igreja, são cânticos que centenas de Santos e Beatos entoaram durante a vida. 

Apesar de toda repulsa que vemos em muitos bispos, em vários lugares do Brasil muitos sacerdotes e fieis conseguiram ter a Missa Tridentina ao menos uma vez na semana, segundo um levantamento recente do Jornal O Globo cerca de 1000(Mil) Missas Tridentinas são celebradas semanalmente no Brasil, se multiplicarmos isso por 50 fieis dá em torno de 50 mil fieis, sem levar em consideração os 30 mil que são atendidos pela Administração Apostólica São João Maria Vianney, e ainda tem as milhares de pessoas que estão em busca da regularização da Missa, mas ainda não tem Padre para celebrar.  Isso tudo era inimaginável há 9 anos atrás e graças ao nosso amado Bento XVI o sonho se tornou realidade. 

Aos Padres que celebram o Santo Sacrifício da Missa segundo o Rito Tridentino de forma escondida para não serem punidos, nossa gratidão pela fidelidade e pela coragem. Lembrem que Salus animarum suprema Lex – a salvação das almas é a lei suprema da Igreja.

Cardeal Castrillón Hoyos celebrando no Altar de São Pedro