sábado, 24 de dezembro de 2016

Em nota Bispo reafirma decreto e defende absurdos ainda maiores


Na sua conta no Facebook o Bispo de Uruaçu Dom Messias Reis da Silveira tentou se explicar da situação, muitos católicos jujubas de imediato viram naquilo como uma especie de verdadeira interpretação do decreto e que ele apenas queria combater excessos. Mas vendo frase por frase do Senhor Bispo (para o qual temos todo respeito) percebemos que ele volta a defender os mesmos absurdos e até maiores. 
"O Decreto é para evitar grupos sectários que não caminham na comunhão" - O Senhor Bispo deveria explicar melhor essa frase e dizer que Grupos são esses, pois dá a entender que os Grupos de Consagração a Nossa Senhora são Cismáticos ou até mesmo excomungados.  
"Existem pessoas desses grupos que não aceitam o Papa e nem a Cnbb, símbolo da comunhão do episcopado" - Em que consiste esse não aceitar o Papa? Será que não aceitar as opiniões pessoais do Papa Francisco é ato cismático? ou o senhor fala em cisma no sentido literal mesmo? Este ultimo caso confesso que é práticamente inexistente ou pouco representativo nos Grupos de Consagração, o que vemos é mais oposição a opiniões pessoais do Sumo Pontífice, da mesma forma que centenas de movimentos e pastorais faziam oposição ao Santo Padre Bento XVI e nunca foram incomodados por vossas excelências. Em relação a CNBB me assusta essa sua colocação, pois o único simbolo da unidade do colégio episcopal é o Papa e não a CNBB, este órgão é apenas um sindicato(Associação de Bispos) do qual vossa excelência é membro. Não existe nenhuma obrigação dos fieis seguirem as orientações da CNBB, não ao menos na Doutrina Católica visto que ela não faz parte da hierarquia. 
"O perigo é termos uma aparência e carregarmos armas internas para usá-las quando quisermos, como percebemos na guerra acontecida ontem. Existe muita gente armada. Isso não é cristão." - Se o decreto não tivesse jogado a primeira bomba com certeza não haveria guerra. 
"O Decreto se refere apenas à pessoas à mim confiadas. É somente para a nossa diocese. Muitos comentários vieram de pessoas de fora, o que demonstra incompreensão do significado de Igreja particular que caminha na unidade com seu pastor'' - Exatamente por compreender o sentido da Igreja particular que nos assusta Vossa Excelência usa de decreto para passar por cima de coisas já superadas pela Santa Sé. 
"Véu é uma questão pessoal, mas quando se trata de grupos usando é preciso orientar, como também é meu dever orientar outros grupos de pastorais e movimentos" - O Sentido de pessoal não quer dizer que o véu deva ser usado por poucas pessoas, mas no sentido que qualquer pessoa tem liberdade pra fazer uso, mesmo que o grupo seja de mil numa Igreja. Creio que vai ser necessário um segurança na porta das paróquias para contabilizar se a quantidade de véus já forma um grupo. 
"Corrente é o que indica o termo do Decreto. Não se trata de correntinha, terços de pulso, ou pequenas pulseiras com medalhinhas, tão comum hoje em dia. Trata-se de correntes de aço com cadeados, usados por grupos. Sei de pessoas na diocese que usa esse aparato, mas é uma opção pessoal, não imposta por grupos" - É exatamente estas correntes que São Luís aconselha, inclusive muitos Santos e Beatos fizeram uso de Correntes enormes com cadeados. O próprio São Luís usava uma corrente enorme na cintura. Sinceramente nunca vi ninguém sendo obrigado a usar estes sinais.
"A Igreja vai atualizando a sua doutrina. O que não é dogma pode ser revisto, como a Igreja já o fez muitas vezes" - Só se esqueceu que Vossa Excelência não tá sentado na Cátedra de Pedro para legislar a respeito disto. Vale lembrar que por ocasião da Canonização de São Luís os seus escritos foram considerados isentos de erro. 
"Existe um padre que celebra Missas para pessoas de Cultura Sertaneja, mas segue nosso Diretório Litúrgico'' - Então quer dizer que a Diocese agora tem um Rito Litúrgico Próprio?
"Rezem por minhas fraquezas, perdoem a minhas falhas" - Também pedimos perdão se no ardor da Batalha cometemos alguma falta, mas diante de tão relevante caso a respeito da difusão da piedade, modéstia e triunfo do Reinado de Maria não podemos nos calar. 

Segue abaixo a nota completa do Bispo postada em sua conta pessoal do Facebook:
Com consciência e responsabilidade de pastor emiti o Decreto sobre a devoção e consagração à Nossa Senhora. O mesmo foi publicado no Portal de nossa Diocese de Uruaçu. Não quero me defender, mas apenas esclarecer. Até mesmo porque Jesus disse que a defesa vem pelo nosso Mestre interior (Lc 12,12), quando for necessária. 
Nosso Padroeiro Diocesano é o Imaculado Coração de Maria. Temos dois Santuários Marianos na Diocese. O de Muquém acolhe 400 mil pessoas durante a Romaria acontecida em agosto. Temos várias paróquias dedicadas à Nossa Senhora na Diocese. O Coracäo Desta Diocese é Mariano e o meu também. A reza do terço e devoção Mariana é sempre incentivada.
As repercussões me deram a certeza que realmente o Decreto era necessário. Está claro que não se trata de ir contra a devoção e consagração à Nossa Senhora, que me acompanham desde a infância. No Batismo fui consagrado à Virgem Maria e essa consagração renovo diariamente. Cresci ouvindo pela Rádio Aparecida a Consagração à Nossa Senhora. Sempre às 15:00 estava rezando com o padre para me entregar à Virgem Mãe. A oração do terço me acompanha desde a infância. 
O Decreto é para evitar grupos sectários que não caminham na comunhão. O que não é uma realidade ainda entre nós, mas que existem em outros lugares. Como alguns grupos estão surgindo, na diocese, é meu dever dar as indicações especialmente para salvar a comunhão eclesial evitando o espírito diabólico como percebemos existir, nos comentários feitos. Existem pessoas desses grupos que não aceitam o Papa e nem a Cnbb, símbolo da comunhão do episcopado. A comunhão é um projeto a ser abraçado. O Decreto é uma medida preventiva, para que não nos desviemos da meta. É preciso acolhê-lo desarmado para compreender sua mensagem. O perigo é termos uma aparência e carregarmos armas internas para usá-las quando quisermos, como percebemos na guerra acontecida ontem. Existe muita gente armada. Isso não é cristão. Verifiquei muitos comentários maldosos revelando que há uma mentalidade diabólica (que divide) em muitos dos consagrados. O Decreto é para evitar que essa mentalidade sectária cresça no meio deste povo de nossa diocese que tanto amo e que muito ama a Igreja. O acompanhamento é necessário e também a correção. Essa é minha missão. O Decreto se refere apenas à pessoas à mim confiadas. É somente para a nossa diocese. Muitos comentários vieram de pessoas de fora, o que demonstra incompreensão do significado de Igreja particular que caminha na unidade com seu pastor. Nenhum Bispo interfere em outra diocese. Existem corações aparentemente bons, mas quando quando questionados revelam grandes neuroses interiores. Revelam o que realmente está dentro deles. As reações me deixaram em paz. Era realmente necessário fazer o decreto. 
Véu é uma questão pessoal, mas quando se trata de grupos usando é preciso orientar, como também é meu dever orientar outros grupos de pastorais e movimentos. 
Conheço senhoras piedosas que usam o véu. Minha mãe mesmo usava. 
Corrente é o que indica o termo do Decreto. Não se trata de correntinha, terços de pulso, ou pequenas pulseiras com medalhinhas, tão comum hoje em dia. Trata-se de correntes de aço com cadeados, usados por grupos. Sei de pessoas na diocese que usa esse aparato, mas é uma opção pessoal, não imposta por grupos. Quando se trata de grupos com tendências sectárias que passam usar cabe a mim como pastor, orientar. Certamente se fossemos perguntar a São Luíz, ele também nos indicaria o caminho da comunhão. 
A Igreja tem nos indicado o caminho de uma relação filial com Maria. A Igreja vai atualizando a sua doutrina. O que não é dogma pode ser revisto, como a Igreja já o fez muitas vezes. 
Quem me conhece e conhece a Diocese sabe que as acusações sobre Teologia da Libertação são falsas e nem precisam ser comentadas A realidade fala por si mesma. 
Sobre Missa Sertaneja, não é nossa realidade. Existe um padre que celebra Missas para pessoas de Cultura Sertaneja, mas segue nosso Diretório Litúrgico. A Liturgia é cuidada aqui com muito zelo, pela Dimensão Litúrgica Diocesana. 
A Igreja caminha no meio da tempestade e nessas horas nossa fé é provada para verificarmos se, se trata de uma atitude interior, ou algo apenas externo.
Vamos juntos viver as alegrias do Reino acontecendo entre nós. Nossa Igreja Diocesana é bonita. 
Rezem por minhas fraquezas, perdoem a minhas falhas. 
Tenham um Feliz e abençoado Natal. 
Glórias a Deus nas alturas e paz na terra às pessoas que Deus tanto ama e salva.



Dom Messias dos Reis Silveira
Bispo de Uruaçu GO

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