terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Dom Hélder ou os Santos?


Sempre na época de Carnaval aparecem nas redes sociais dos Católicos jujubas as famosas frases de Dom Hélder Câmara sobre a época de Carnaval, onde ele incentiva os seus fiéis a participarem dos festejos. Abaixo irei deixar o que Dom Hélder falou e o que os Santos da Igreja falaram a respeito do mesmo tema(Alguns a séculos antes), a decisão será sua, ou fica com Dom Hélder ou com os Santos da Igreja, os dois ao mesmo tempo é impossível. 

Dom Hélder Câmara: “Carnaval é a alegria popular. Direi mesmo, uma das raras alegrias que ainda sobram para a minha gente querida. Peca-se muito no carnaval? Não sei o que pesa mais diante de Deus: se excessos, aqui e ali, cometidos por foliões, ou farisaísmo e falta de caridade por parte de quem se julga melhor e mais santo por não brincar o carnaval. Estive recordando sambas e frevos, do disco do Baile da Saudade: ô jardineira por que estas tão triste? Mas o que foi que aconteceu….Tú és muito mais bonita que a camélia que morreu. BRINQUE MEU POVO POVO QUERIDO! MINHA GENTE QUERIDÍSSIMA. É VERDADE QUE QUARTA-FEIRA A LUTA RECOMEÇA. MAS, AO MENOS, SE PÔS UM POUCO DE SONHO NA REALIDADE DURA DA VIDA!”

Já os Santos da Igreja diziam: 

Santa Faustina Kowalska diz: “Nestes dois últimos dias de carnaval, conheci um grande acúmulo de castigos e pecados. O Senhor deu-me a conhecer num instante os pecados do mundo inteiro cometidos nestes dias. Desfaleci de terror e, apesar de conhecer toda a profundeza da misericórdia divina, admirei-me que Deus permita que a humanidade exista” (Diário, 926).

Santa Margarida Maria Alacoque escreve: “Numa outra vez, no tempo de carnaval, apresentou-me, após a santa comunhão, sob a forma de Ecce Homo, carregando a cruz, todo coberto de chagas e ferimentos. O Sangue adorável corria de toda parte, dizendo com voz dolorosamente triste: Não haverá ninguém que tenha piedade de mim e queira compadecer-se e tomar parte na minha dor no lastimoso estado em que me põem os pecadores, sobretudo, agora”? (Escritos Espirituais).

São Francisco de Sales dizia: “O carnaval: tempo de minhas dores e aflições”.  Naqueles dias, esse santo fazia o retiro espiritual para reparar as graves desordens e o procedimento licencioso de tantos cristãos.
O santo, não contente com a vida mais recolhida que então levava, pregava ainda na igreja diante de um auditório numerosíssimo. Tendo conhecimento que algumas pessoas por ele dirigidas, que se relaxavam um pouco nos dias de carnaval, repreendia-as com brandura e exortava-as à comunhão frequente.

São Vicente Férrer dizia: “O carnaval é um tempo infelicíssimo, no qual os cristãos cometem pecados sobre pecados, e correm à rédea solta para a perdição”.

Servo de Deus João de Foligno dava ao carnaval o nome de: a “Colheita do diabo”.

Santa Catarina de Sena, referindo-se ao carnaval, exclamava entre soluços: “Oh! Que tempo diabólico!”.

São Carlos Borromeu jamais podia compreender como os cristãos podiam conservar este perniciosíssimo costume do paganismo.
Nos dias de Carnaval, o santo castigava o seu corpo com disciplinas e penitências extraordinárias.

Santa Teresa dos Andes escreve: “Nestes três dias de carnaval tivemos o Santíssimo exposto desde a uma, mais ou menos, até pouco antes das 6h. São dias de festa e ao mesmo tempo de tristeza. Podemos fazer tão pouco para reparar tanto pecado”...  (Carta 162).

Santo Afonso Maria de Ligório escreve:
“Não é sem razão mística que a Igreja propõe hoje à nossa meditação, Jesus Cristo predizendo a sua dolorosa Paixão. Deseja a nossa boa Mãe que nós, seus filhos, nos unamos a ela na compaixão de seu divino Esposo, e o consolemos com os nossos obséquios; porquanto, os pecadores, nestes dias mais do que em outros tempos, lhe renovam os ultrajes descritos no Evangelho. Nestes tristes dias os cristãos, e quiçá entre eles alguns dos mais favorecidos, trairão, como Judas, o seu divino Mestre e o entregarão nas mãos do demônio. Eles o trairão, já não às ocultas, senão nas praças e vias públicas, fazendo ostentação de sua traição! Eles o trairão, não por trinta dinheiros, mas por coisas mais vis ainda: pela satisfação de uma paixão, por um torpe prazer e por um divertimento momentâneo. Uma das baixezas mais infames que Jesus Cristo sofreu em sua Paixão, foi que os soldados lhe vendaram os olhos e, como se ele nada visse, o cobriram de escarros, e lhe deram bofetadas, dizendo: Profetiza agora, Cristo, quem te bateu? Ah, meu Senhor! Quantas vezes esses mesmos ignominiosos tormentos não Vos são de novo infligidos nestes dias de extravagância diabólica? Pessoas que se cobrem o rosto com uma máscara, como se Deus assim não pudesse reconhecê-las, não têm vergonha de vomitar em qualquer parte palavras obscenas, cantigas licenciosas, até blasfêmias execráveis contra o Santo Nome de Deus. Sim, pois se, segundo a palavra do Apóstolo, cada pecado é uma renovação da crucifixão do Filho de Deus. Nestes dias Jesus será crucificado centenas e milhares de vezes” (Meditações).
    Por este amigo, a quem o Espírito Santo nos exorta a sermos fiéis no tempo da sua pobreza, podemos entender que é Jesus Cristo, que especialmente nestes dias de carnaval é deixado sozinho pelos homens ingratos e como que reduzido à extrema penúria. Se um só pecado, como dizem as Escrituras, já desonra a Deus, o injuria e o despreza, imagina quanto o divino Redentor deve ficar aflito neste tempo em que são cometidos milhares de pecados de toda a espécie, por toda a condição de pessoas, e quiçá por pessoas que lhe estão consagradas. Jesus Cristo não é mais suscetível de dor; mas, se ainda pudesse sofrer, havia de morrer nestes dias desgraçados e havia de morrer tantas vezes quantas são as ofensas que lhe são feitas.
É por isso que os santos, a fim de desagravarem o Senhor de tantos ultrajes, aplicavam-se no tempo de carnaval, de modo especial, ao recolhimento, à penitência, à oração, e multiplicavam os atos de amor, de adoração e de louvor para com o seu Bem-Amado.

Fontes de pesquisa: Blog Santos e Beatos Católicos e Rádio Teresina FM

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

42 novos Seminaristas para o Rio de Janeiro em 2017


O Seminário Propedêutico da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro iniciou o ano letivo com 42 novos Seminaristas. 

Via:  Comunicação da Arquidiocese 

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Desespero em dose dupla


"Os espíritos imundos de muitos possessos saíam, levantando grandes gritos" (Atos 8, 7). Nestes últimos meses ficou claro a forma como tanto Padre Zezinho e o Padre Joãozinho levaram a frente uma verdadeira Cruzada Virtual para tentar frear o chamado Conservadorismo Católico, são quase que diariamente textos saudosistas da era dourada da heresia da libertação, chamando os outros de "Fariseus" e até defendendo a profanação a Santíssima Virgem no Carnaval. 

Mas tudo isso não passa simplesmente de "Desespero", todos os dois sabem que o estilo em que foram formados está sendo exorcizado da Igreja a passos largos, e isso em grande parte graças aos efeitos do Pontificado de Bento XVI, que ainda continua a ter efeitos em nossos dias sombrios de ministério de Francisco. A única pergunta que nos resta fazer é: Até quando vão ficar esperneando? Seria mais fácil ir atrás das vocações jujubas e tentar mudar na quantidade, pois até agora só levaram surra. 

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Dom Schneider ordenou 7 sub-diáconos da FSSP

O seminário da Fraternidade Sacerdotal de São Pedro, que se encontra em Wigratzbad (Alemanha), está em festa. D. Athanasius Schneider conferiu as ordens menores a 16 seminaristas e ordenou 7 sub-diáconos de vários países: França, Brasil, Itália e Polónia.


Veja mais imagens: 








Via: Senza Pagare 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Visita Imperial a Santa Catarina


AGENDA DOS PRÍNCIPES

Entre os dias 9 e 11 de março, S.A.I.R. o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, estará no Estado de Santa Catarina, representando a Casa Imperial Brasileira nas comemorações do Sesquicentenário da Fundação da Colônia Imperial Príncipe Dom Pedro.

Fundada em 10 de março de 1867, por um grupo de 98 imigrantes estadunidenses liderados pelo inglês Dr. Barzillar Cottle, que havia sido nomeado pelo Imperador Dom Pedro II para formar uma colônia na confluência do Ribeirão Águas Claras com o Rio Itajaí Mirim, no território hoje equivalente aos Municípios de Botuverá, Vidal Ramos e Nova Trento. O assentamento foi nomeado em homenagem ao filho caçula do Imperador, o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Pedro de Bragança, falecido em 1847, com dois anos de idade incompletos.

Será esta uma grata oportunidade de congregar veteranos e jovens monarquistas de toda a região, difundido o ideal monarquista entre os habitantes locais, em uma série de eventos que irão evocar todo o prestígio e beleza dos tempos do Império, tudo coroado pela presença do atual Príncipe Imperial do Brasil, sobrinho-bisneto do Príncipe em homenagem ao qual a Colônia foi nomeada.

Ainda na semana que vem, divulgaremos o cronograma completo da estadia do Príncipe Imperial em Santa Catarina.

Via: Pró Monarquia - Casa Imperial do Brasil 

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Graves combates doutrinais dentro da Igreja

O livro do cardeal Coccopalmerio é somente o último exemplo de como o ensino tradicional católico está sendo questionado
(Catholic Herald/InfoCatólica) 18/02/17 4:22 PM – Tradução de Airton Vieira – Há poucas semanas, o periódico jesuíta La Civiltà Cattolica publicou um desconcertante artigo sobre o sacerdócio feminino. Seus argumentos são já conhecidos: o autor, que é o editor adjunto Pe. Giancarlo Pani, perguntava aos leitores se o sacerdócio exclusivamente masculino poderia estar defasado. Segundo o Pe. Pani, «existe mal-estar entre os que não entendem como a exclusão das mulheres do sacerdócio da Igreja pode coexistir com a afirmação e valorização da dignidade e igualdade da mulher».

O que é desconcertante é que essas afirmações apareceram em um diário editado por um dos conselheiros mais próximos ao papa, o Pe. Antonio Spadaro; um diário muito próximo à Santa Sé –cada página é revisada pelo Vaticano–, que o papa elogiou recentemente. Isso aponta a que a Igreja, inclusive em seus mais altos níveis, está entrando agora em uma guerra civil em toda regra em matéria doutrinal. Ontem presenciamos um novo exemplo, quando a Rádio Vaticana promoveu um novo livro do Cardeal Francesco Coccopalmerio, presidente do Conselho Pontifício para os Textos Legislativos.
O Cardeal Coccopalmerio sustenta que os divorciados recasados podem receber a Comunhão se têm desejo de mudar sua situação, ainda quando não se proponham viver como «irmão e irmã». Em alguns casos, indica o Cardeal, abster-se das relações sexuais pode ser «uma impossibilidade». Põe o exemplo de um homem abandonado por sua esposa. O homem começa a conviver com outra mulher, que lhe ajuda a criar os filhos. Se esta união se rompesse, o homem poderia cair em um «profundo desespero» e as crianças perderiam à figura materna. O Cardeal acrescenta que «abandonar esta união suporia, portanto, deixar de cumprir um dever moral ante pessoas inocentes». Se a continência «lhes causa dificuldades», devem continuar realizando o ato sexual para preservar a relação.
As consequências da teses do Cardeal Coccopalmerio parecem contrárias à doutrina da Igreja. Começando pela questão mais óbvia, ou seja, a opinião do Cardeal segundo a qual uma relação sexual adúltera é compatível com a recepção da Comunhão é frontalmente oposto ao ensino católico. Esta incompatibilidade tem sido ensinada pelo papa São João Paulo II em 1981, o papa Bento XVI em 2007 e a Congregação para a Doutrina da Fé em 1994, sem mencionar aos Papas São Inocêncio I, São Zacarias, São Nicolas I … Poderia seguir dando exemplos.
Agora bem, não é este o único problema que coloca o livro do Cardeal Coccopalmerio. Vejamos sua afirmação de que abster-se das relações sexuais pode ser uma «impossibilidade». É muito difícil conciliar esta afirmação com a declaração do Concílio de Trento, segundo a qual «se alguém diz que ainda para o homem justificado e constituído em graça os mandamentos de Deus são impossíveis de observar, seja anátema». Isto significa que Deus, nosso Pai amoroso, nunca deixará de oferecer-nos sua ajuda. Mas o Cardeal Coccopalmerio pensa que, em ocasiões, evitar o pecado pode ser inviável.
As conclusões do Cardeal sobre o caso de que a continência «cause dificuldades» parecem também duvidosas. São Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, condenou a ideia de que seja possível «fazer o mal para que venha o bem» (Rom 3, 8). A Igreja interpreta esta questão de forma muito estrita. Santo Tomás de Aquino, seguindo o magistério perene, disse que não é possível ter uma relação sexual adúltera nem sequer para salvar a todo um país da catástrofe. Mas o Cardeal Coccopalmerio pensa que está permitido manter uma relação sexual adúltera se a continência «causa dificuldades».
Quanto à Comunhão em si, é obvio que uma pessoa em adultério contínuo está em uma situação de alto risco de encontrar-se em pecado mortal. Só Deus o sabe, mas se uma pessoa está cometendo um pecado grave, enquanto «discerne» seu caminho em relação com os ensinos católicos, a possibilidade de que assim seja é muito elevada. Receber a Comunhão em pecado mortal é, segundo São João Vianney, santo patrono dos sacerdotes, o pior de todos os pecados, pior que crucificar a Cristo. Muitos divorciados e recasados não se aproximam à Comunhão precisamente para evitar cometer um pecado mortal. A colocação do Cardeal Coccopalmerio sugere que dito risco é, em alguns casos, insignificante demais como para constituir um obstáculo.
Por suposto, o Cardeal não diz nada disto de forma direta. Não diz: «penso que João Paulo II, Bento XVI e a tradição da Igreja estão equivocados. Creio que a lei moral pode ser em algumas ocasiões impossível de cumprir. Não tenho nenhum problema, a princípio, em fazer o mal para que venha o bem. E não penso que receber a Comunhão em pecado mortal seja um pecado tão terrível como para que seja necessário adotar precauções a respeito». Mas o mero fato de que não afirme estas coisas não serve de grande consolo.
A interpretação menos generosa consiste em que os erros em religião sempre tentam evitar a claridade. O Beato John Henry Newman assinalou que os arianos utilizavam «uma linguagem vaga e ambígua, que … parecia ter um sentido católico mas que, em seu desenvolvimento a logo prazo, resultava heterodoxa». A interpretação mais generosa é que o Cardeal não refletiu suficientemente suas palavras e que, se se dá conta do que implicam, se retratará.
O Cardeal Coccopalmerio é uma figura de primeiro nível no Vaticano: seu livro se publicou com um apoio evidente do Vaticano [na Livraria Editrice Vaticana] e sem oposição oficial. Suas opiniões são próximas às de outros muitos prelados (como os bispos de Malta e a maioria dos da Alemanha). Assim pois, já não cabe considerar –se alguma vez foi possível– que o debate em torno à Comunhão é uma disputa marginal entre «progressistas» e «conservadores». Tampouco pode entender-se em termos de se se prefere um pouco mais de misericórdia ou um pouco mais de justiça. Agora, simplesmente, é um debate sobre se o magistério da Igreja continua sendo válido. E isso significa que o debate não terminará por aqui.
Escrito por Dan Hitchen.
Fonte: Sensus Fidei

IMAGEM DA SEMANA: Dia de São Marun em São Paulo


Missa em comemoração ao Dia de São Marun e ao aniversário de 120 anos da Sociedade Maronita de Beneficência. Presidida por Dom Edgar Madi, com participação do cardeal Dom Odilo Scherer e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. 

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Dom Keller sobre a proposta de leigos celebrarem Missas

Interessante que aqueles, que há alguns anos atrás batalhavam para que a Igreja fosse menos "clericalizada", e por isso insistiram tanto nos chamados ministérios laicais, especialmente pautando suas idéias na não necessidade da Santa Missa, substituindo-a pelas então chamadas "celebrações da Palavra", que aconteciam e ainda acontecem em lugares onde os sacerdotes até podiam e podem celebrar a Santa Missa, agora, do nada, arvoram-se em defensores de que todas as Comunidades tem o direito à Santa Missa (o que de fato é uma verdade), oferecendo como solução o simplismo de ordenar como sacerdotes, a homens casados. A irresponsabilidade eclesial em relação à questão vocacional, agora cobra o seu preço. Ou alguém imaginava que o fato de não se dar prioridade absoluta à questão da vocação para o Ministério ordenado não traria consequências? Estamos colhendo o que semeamos, naturalmente salvo honrosas excessões. Ou será que Deus é mentiroso, e não chama mais ninguém para o Ministério ordenado? Ordenar sacerdotes a homens casados? Contar com um clero Diocesano "de segunda categoria"? Entregar à Igreja e às Comunidades padres com famílias, esposas, filhos, necessidades e riscos profissionais, limitações de tempo etc solucionará a falta numérica de padres? A meu ver o desafio tem outro direcionamento: uma Igreja que não gera vocações para o Ministério ordenado é uma Igreja imatura, incompleta. Ou nós, bispos e padres nos convertemos para a necessidade de uma autêntica promoção vocacional, com a consequente valorização do acompanhamento e da formação nos nossos Seminários, ou vamos continuar a oferecer soluções paliativas e inconsequentes. Aprendamos, por exemplo, das Comunidades ortodoxas e protestantes tradicionais, que abrigam a realidade da possibilidade de ministros casados. Vivem igualmente, naquelas realidades internas de grave secularismo, a mesma deficiência de pastores...


Via Facebook Oficial de Dom Carlos Rossi Keller 


A igreja nova das coisas velhas

Justamente neste ano do centenário de Fátima, comemoramos também, os dez anos do Motu Proprio Summorum Pontificum. Ao promulgá-lo, o Papa Bento foi como um bom pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas… (Mt. 13,52).


Carmelitas Eremitas | Flos Carmeli, nº 10, fevereiro 2017: Celebramos hoje, irmãos caríssimos, a festa da Purificação de Nossa Senhora, também chamada Festa da Candelária, porque, neste dia, as velas, ou Candeias, são abençoadas para serem sinal da Luz de Cristo que veio ao mundo para iluminar todos os povos! Tomemos nossas velas, porque somos, também, luz do mundo! (Mt. 5,14) Caminhemos sob a luz do nosso Deus! Encontremos hoje a nobre Virgem Mãe, trazendo em seus braços o pequenino Cordeiro Imaculado. Ela acompanha os ritos da antiga lei e pensa no valor do sangue daqueles animais que eram imolados como figura daquele Sangue mais precioso que seria derramado na cruz! Hoje, o Primogênito, o Consagrado por excelência, o Senhor do Templo, entra no Templo. Ninguém notava nada diferente naquele Menino de 40 dias, mas, nEle estava a nossa vida, o nosso futuro, nossa esperança! Pensemos nestes mistérios! Pensemos naquelas singelas pombinhas, pensemos no rito, nos gestos de amor, na densidade de todo o cenário daquele dia… De repente, surgiu o velho Simeão! Justus et timoratus! Profundamente emocionado, ele diz: Nunc dimittis! Agora posso ir em paz! Meus olhos viram! Minhas mãos tocaram! Agora eu vi o Salvador! Ele fora conduzido pelo Espírito Santo até o Templo, tomou o Menino em suas mãos e bendisse a Deus! (Lc. 2,28) De velho, se fez novo porque se deixou conduzir por Deus! A Criança estava nas mãos do velho, mas era a Criança que regia o velho! O que significa essa velhiceIpse ad senem hominem venit, qui mundum inveterátum invénit. Explica Santo Agostinho: Ele veio ao encontro desse homem velho, porque encontrou um mundo envelhecido. A velhice do mundo é a ausência de Deus! Quanto mais se afasta de Deus, mesmo que esteja cheio de coisas novas, o mundo estará envelhecido… Mas, Simeão esperava a “consolação de Israel” (Luc. 2,25), ou seja, a presença dAquele que nasceu para levar todas as coisas à plenitude. (Ef. 3,19) Por saber esperar, ele foi jovem; por desejar o bem, seu coração de velho podia dizer: vou subir ao Deus que alegra a minha juventude! (Sl. 42). Muitos não percebem como o racionalismo moderno tornou a humanidade envelhecida! Cada vez mais, as pessoas estão velhas e parece até que já nascem velhos, porque não se abrem ao Espírito de Deus! Nosso tempo está cheio de novidades, mas, cada vez mais envelhecido! De fato, até a novidade dos homens é velhice e a antiguidade de Deus é juventude! Entretanto, dentro da própria Igreja, há muitos que andam em busca de novidades que conduzem à perdição! (II Tim. 4,3) Cristo veio trazer um vinho novo, que nunca acaba (Jo. 2) Ele faz novas todas as coisas! (Ap. 21,5) e nos renova cada dia, para termos a esperança da vida eterna! Porém, Ele é sempre o mesmo (Heb. 13,8) e o Seu Espírito age na vida da Igreja inspirando e fixando as doutrinas e os ritos segundo a tradição. A propósito, justamente neste ano do centenário de Fátima, comemoramos também, os dez anos do Motu Proprio Summorum Pontificum. Ao promulgá-lo, o Papa Bento foi como um bom pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas… (Mt. 13,52) Como não nos admirar ao vermos tantos testemunhos de sacerdotes que, ao conhecerem a missa antiga, redescobriram o valor do seu ministério!? Como se diz na leitura de hoje: “eles serão para o Senhor sacerdotes que apresentarão as ofertas como convêm. E a oblação de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor, como nos dias antigos, como nos anos de outrora. (Mal. 3, 4) Infelizmente, a missa tradicional é considerada por muitos como uma “coisa velha” que já deveria ter sido morta e sepultada… Mas, contrariando todas as previsões, seu interesse é cada vez maior, por parte, principalmente de pessoas jovens! E por que? Porque ali temos algo que ultrapassa o humano, o normal, o trivial. Isso é o que torna a “missa antiga” sempre nova e o que faz tantas manifestações dessa liturgia moderna serem velhas desde a sua concepção… Por isso, podemos dizer que a Igreja deve redescobrir suas coisas velhas para ser realmente nova e eterna como Deus!

Via: Sensus Fidei 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Padre Zezinho defende comunhão nas mãos[Ele não se cansa]

Parece que o Padre Zezinho está bem incomodado com a volta as praticas piedosas por parte dos jovens atuais, em sua conta no Facebook postou uma defesa da Comunhão nas Mãos: 

O Catecismo no número 1374 diz: "No Santíssimo Sacramento da Eucaristia estão contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue juntamente com alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo". Se Cristo está todo inteiro na hóstia consagrada, deve-se evitar qualquer perca de qualquer fragmento por menor que seja, é claro que a Comunhão diretamente na boca diminui e muito as chances disto acontecer. 

O Concilio de Trento diz: ""Na recepção sacramental foi sempre costume na Igreja de Deus que os leigos recebessem a comunhão dos sacerdotes e que os sacerdotes celebrantes comungassem por si mesmos, um costume que, provindo de tradição apostólica, se deve com razão e direito conservar." (DH 1648)

Relato de um exorcismo realizado por Padre Gabriele Amorth em 1975:

Pe. Gabriele Amorth – Diz só a verdade em Nome do Preciosíssimo SANGUE, da Santa Cruz, da Imaculada Conceição…
Demonio (A) – Nós trabalhamos durante muito tempo, lá em baixo (aponta para baixo) até conseguirmos que a Comunhão na mão fosse posta em prática. A Comunhão na mão é muito boa para nós, no inferno; acreditai!
Pe. G.A. – Nós te ordenamos, em Nome (…) que digas somente o que o Céu te ordena! Diz só a verdade, a verdade total. Tu não tens o direito de mentir. Sai desse corpo! Vai-te!
Demônio – ELA (Virgem Maria) (aponta p/ cima) quer que eu diga…
Pe. G.A. – Diz a verdade, em Nome (…).
Demônio – ELA quer que eu diga… que se ELA, a grande SENHORA, ainda vivesse, receberia a Comunhão na boca, e de joelhos, e haveria de se inclinar profundamente assim (mostra como procederia a Santíssima Virgem).
Pe. G.A. – Em Nome da Santíssima Virgem (…) diz a verdade!
Demônio – Tenho que dizer que não se deve receber a Comunhão na mão. O próprio Papa dá a Comunhão na boca. Não é da sua vontade que se dê a Comunhão na mão. Isso vem dos seus Cardeais.
Pe. G.A.– Em Nome (…) diz a verdade!
Demônio – Deles passou aos Bispos, e depois os Bispos pensaram que era matéria de obediência, que deviam obedecer aos Cardeais. Daí, a idéia passou aos Sacerdotes e também eles pensaram que tinham de se submeter, porque a obediência se escreve com maiúsculas.
Pe. G.A. – Diz a verdade. Tu não tens o direito de mentir em Nome (…).
Demônio – Não se é obrigado a obedecer aos maus. É ao Papa, a JESUS CRISTO e à Santíssima Virgem que é preciso obedecer. A comunhão na mão não é de modo algum querida por DEUS.
Fontes de Pesquisas: Site do Padre Paulo Ricardo e Church Pop


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Dom Keller lança carta Pastoral sobre a Amoris Laetitia

Nota Pastoral A interpretação da Exortação Apostólica “Amoris Laetitia”, na Diocese de Frederico Westphalen.


A cada dia nós, Bispo e padres, pastores da Igreja, nos defrontamos com a realidade de católicos, nossos irmãos de fé, que vivem em situação matrimonial irregular, aqueles que contraindo validamente o Matrimônio, tendo-se divorciado, unem-se civilmente em um novo casamento, ou tão simplesmente convivem juntos. Tal realidade produz certamente, no caso de católicos conscientes, um grande sofrimento.
Já antes da celebração dos últimos Sínodos sobre a Família, não só falava-se sobre isto, mas em alguns lugares foi sendo introduzida a prática de se permitir o acesso destes irmãos católicos aos Sacramentos da Penitência e da Eucaristia, com a justificativa de se aplicar nestes casos, uma solução pastoral emergencial, desde que se verificassem algumas condições: um tempo longo de convivência, “arrependimento” das falhas pessoais em relação ao casamento frustrado, a existência de filhos na segunda união, a estabilidade econômica e afetiva, a vida fundamentada na fé, a indicação da própria consciência, a autorização dada por um sacerdote e outras. Assim sendo, muitas das proposições apresentadas por alguns padres sinodais, na verdade são já praticas aceitas em certas realidades eclesiais. Nós pastores da Igreja, sejamos sinceros, cansamos de ouvir nestes últimos anos aqueles que sempre preconizaram mudanças na prática sacramental da Igreja usando o princípio da mudança “de baixo para cima” ou o bem conhecido princípio do fato consumado: adota-se uma prática pastoral e com o tempo a Igreja seria obrigada a aceitá-la, incorporando-a à sua doutrina e à sua prática.
Tendo sido entregue à Igreja, pelo Santo Padre o Papa Francisco, a Exortação Apostólica “Amoris Laetitia”, com a responsabilidade pastoral de bispo da Santa Igreja, entendo que tal Documento pós Sinodal deva ser lido e interpretado no quadro da chamada “hermenêutica da continuidade e do aprofundamento”, o que significa dizer que uma melhor compreensão da doutrina moral da Igreja, fruto da ação do Espírito Santo, gradualmente nos conduz ao conhecimento da verdade inteira e completa, sem jamais contradizer ou negar o magistério precedente.
De nenhuma maneira a doutrina tradicional da Igreja em relação ao Sagrado Matrimônio, à absolvição Sacramental e à recepção da Sagrada Comunhão podem ser modificadas por alguém, já que a mesma é imutável e não pode submeter-se a opiniões pessoais, muito menos a uma questão de práticas impostas de baixo para cima, de princípios fundados em uma falsa misericórdia que aceita a Doutrina, mas que a nega posteriormente na prática pastoral.
Assim sendo, é preciso ler e compreender a Exortação Apostólica “Amoris Laetitia” à luz do Magistério precedente, já que, como o Santo Padre, o Papa Francisco sabiamente escreve, é neste quadro que ela deve ser lida e compreendida.
Frente às interpretações divergentes em relação a esta questão tão importante, que envolve a salvação eterna das pessoas, penso que seja fundamental expor com clareza o que a Igreja ensina a respeito, e não poderá ensinar outra doutrina diferente desta, sob o risco de trair a Verdade que lhe foi confiada por Nosso Senhor Jesus Cristo para ser anunciada por todo o sempre.
Além de obscurecer a sua Missão de anunciar o Evangelho do Matrimônio e da Família, a tão decantada “misericórdia”, que alguns pretendem impor no que diz respeito a uma flexibilidade doutrinal e pastoral pedida e já praticada em alguns lugares para estes casos, seria um verdadeiro acinte à plêiade de santos da Igreja que derramaram seu sangue na defesa da Doutrina tradicional do Matrimônio; um escândalo para tantos casais que vivem a fidelidade matrimonial, mas que carregam, em muitos casos, a cruz de uma união sacramental marcada por dificuldades e um desrespeito àqueles homens e mulheres que por razões diversas vivem nesta situação irregular, oferecendo por si e pelos seus a cruz de não poderem aproximar-se da Sagrada Eucaristia.
A Doutrina que a Igreja ensinou, ensina e ensinará, especialmente sobre a questão da recepção dos sacramentos da Penitência e da Eucaristia é clara: para se receber validamente o Sacramento da Penitência, além da confissão dos pecados e da satisfação, que é o cumprimento da penitência imposta pelo Confessor, é necessária a verdadeira contrição, que inclui em si o propósito de emenda. Sem essa condição, não é possível que alguém seja absolvido e possa receber a Sagrada Comunhão.
No caso de divorciados que voltaram a casar, e dos que simplesmente coabitam anteriormente validamente casados, enquanto os cônjuges são vivos, não é possível legitimar a segunda união civil através da celebração de um Matrimônio canônico.
Assim, a nova união marital constitui uma grave irregularidade, um verdadeiro pecado. Como consequência, para que um católico nessas circunstancias possa ser sacramentalmente absolvido, a condição indispensável é o propósito de não cometer mais este pecado, que neste caso, pressupõe o abandono da vida em comum ou então, seja pelo vínculo afetivo, seja pela idade avançada, seja pela presença de filhos que não podem ser deixados de lado, seja por qualquer outra razão, o continuarem a viver juntos, mas como irmãos ([1]). Só nestas condições é que alguém poderá receber a Sagrada Comunhão.
Este é o ensinamento tradicional da Igreja, expresso de forma cabal na Exortação Apostólica Familiaris Consortio, que vale a pena recordar: “A Igreja, contudo, reafirma a sua práxis, fundada na Sagrada Escritura, de não admitir à comunhão eucarística os divorciados que contraíram nova união. Não podem ser admitidos, do momento em que o seu estado e condições de vida contradizem objetivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja, significada e atuada na Eucaristia. Há, além disso, um outro peculiar motivo pastoral: se se admitissem estas pessoas à Eucaristia, os fiéis seriam induzidos em erro e confusão acerca da doutrina da Igreja sobre a indissolubilidade do matrimonio.
A reconciliação pelo sacramento da penitência - que abriria o caminho ao sacramento eucarístico - pode ser concedida só àqueles que, arrependidos de ter violado o sinal da Aliança e da fidelidade a Cristo, estão sinceramente dispostos a uma forma de vida não mais em contradição com a indissolubilidade do matrimonio. Isto tem como consequência, concretamente, que quando o homem e a mulher, por motivos sérios - quais, por exemplo, a educação dos filhos - não se podem separar, «assumem a obrigação de viver em plena continência, isto é, de abster-se dos atos próprios dos cônjuges»”([2]).
Portanto, o Santo Padre, na Exortação pós Sinodal Amoris Laetitia em nenhum momento propõe que simplesmente se permita a recepção dos sacramentos da Penitência e da Eucaristia a pessoas que vivam em objetiva situação irregular em relação ao sacramento do Matrimônio, mas sim de discernir as situações em que, «por causa dos condicionalismos ou dos fatores atenuantes» (AL 305), possa alguém encontrar-se objetivamente em uma situação de pecado sem culpa grave correspondente. Portanto, contrariando aqueles que pretendem um abandono da prática tradicional da Igreja em relação a esta questão, não existe nenhuma mudança de rumo para estas situações, e a atenção pastoral individualizada nestas situações deve ser realizada sempre «evitando toda a ocasião de escândalo» (AL 299) e sem «nunca se pensar que se pretende diminuir as exigências do Evangelho» (AL 301).
Ao mesmo tempo, antes de tudo, se faz necessário reafirmar a Doutrina tradicional da Igreja. Mas segundo o Santo Padre, é preciso também, e bem situados neste quadro doutrinal, não esquecer o dever de se ajudar com misericórdia e caridade aos divorciados unidos em segunda união, ou aqueles que, após um casamento canônico, vivem maritalmente com outra pessoa, para que jamais se considerem abandonados, discriminados, diminuídos etc. em relação à Igreja. Tal auxílio espiritual e pastoral deve efetivar-se através do debruçar-se sobre esta sofrida realidade, como tão sabiamente recorda o Papa Francisco, através do anúncio da Palavra de Deus, do incentivo à participação na Santa Missa, da promoção da vida de oração, da vivência da caridade e da penitência, entre outras possibilidades.
Também, de forma concreta, de grande ajuda será o que estabeleceu o Santo Padre, através da reforma dos procedimentos nas causas matrimoniais. Aí está um caminho seguro e eficaz para certamente resolver muitas destas situações.
Ciente de que esta questão é de suma importância, como pastor da Igreja Diocesana de Frederico Westphalen, vou ainda oferecer aos padres desta Diocese um Documento oficial para a aplicação pastoral da Exortação pós Sinodal “Amoris Laetitia”, dentro desta hermenêutica de interpretação, fundamentada nos princípios da continuidade e do aprofundamento.
Invoquemos as luzes do Espírito Santo, para que possa iluminar a todos, pastores e rebanho, afim de que este Documento pós Sinodal se transforme em um marco doutrinal e pastoral, no que diz respeito a esta questão tão importante para a vida da nossa Igreja Diocesana e para o bem de todos os fiéis.
“Emitte Spiritum tuum et creabuntur et renovabis faciem terrae”.

+ Antonio Carlos Rossi Keller
Bispo de Frederico Westphalen


[1] Carta Haec Sacra Congregatio, Congregação para a Doutrina da Fé, de 11-IV-1973.
[2] São João Paulo II, Exortação Apostólica Pós Sinodal Familiaris Consortio,n.84.

Via: Site da Diocese de Frederico Westphalen

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Bispos alemães aprovam comunhão para adúlteros

Na Alemanha, os católicos, depois de uma separação e de um casamento posterior, não estão mais, em princípio, excluídos da comunhão. A decisão é da Conferência Episcopal Alemã, que chegou a essa conclusão a partir da exortação apostólica Amoris laetitia, do ano passado.
A reportagem é do sítio do jornal Frankfurter Allgemeine, 01-02-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Nesse documento, o Papa Francisco ressaltou a importância da decisão em consciência, comunicaram os bispos na quarta-feira em Bonn. Assim, em casos individuais, a decisão de se aproximar da Eucaristia deve ser respeitada. O processo de decisão deve ser acompanhado por um diretor espiritual.
Não se trataria, portanto, de uma liberalização geral, enfatizaram os bispos: “Nem todos os fiéis cujo matrimônio fracassou e que estão separados e se casaram de novo podem receber os sacramentos indiscriminadamente”.
Até agora, os divorciados que contraíram um novo matrimônio não podem receber a comunhão, porque, segundo a doutrina católica, vivem em estado de culpa grave. Durante um ano inteiro, os bispos católicos alemães tentaram chegar a uma declaração pastoral comum, para poderem implementar as indicações do documento do papa em todas as dioceses.
Alguns bispos conservadores alertavam contra uma liberalização dos sacramentos, o que colocaria em discussão a indissolubilidade do matrimônio. Os cardeais alemães Joachim Meisner e Walter Brandmüller, por isso, se opuseram à linha proposta pelo papa. Junto com outros dois cardeais, um italiano e um estadunidense, pediram a Francisco, no ano passado, um esclarecimento sobre alguns pontos ambíguos, na opinião deles.
Conferência Episcopal Alemã também anunciou que quer melhorar a preparação para o matrimônio e dar mais peso para a pastoral para os cônjuges.
Comitê Central dos Católicos Alemães e o movimento de leigos católicos “Nós somos Igreja” acolheram favoravelmente a declaração dos bispos. No entanto, o “Nós somos Igreja” lamentou o fato de os bispos alemães terem levado nada menos do que nove meses antes de chegarem a um acordo sobre uma declaração conjunta. E que, do ponto de vista ecumênico, justamente no ano do 500º aniversário da Reforma, é decepcionante uma declaração dos bispos alemães que ainda afirma que “nos casamentos mistos também não é possível a plena comunhão na ceia do Senhor”.
Via: IHU