terça-feira, 27 de dezembro de 2016

"Comunhão e adultério persistente é uma heresia" Cardeal Brandmüller


Cardeal Kasper diz que tudo está muito claro em Amoris Laetitia.
As recentes declarações dos cardeais Brandmüller, Kasper e Burke definem mais claramente as posições opostas sobre a comunhão dos divorciados em uma nova união e a necessidade de uma resposta para as dubia sobre esse assunto. 



Cardeal Brandmüller, um dos quatro signatários das dubia apresentadas ao Santo Padre acerca desta questão, respondeu às perguntas da revista alemã Der Spiegel com o que, talvez, seja a frase mais clara proferida até o momento: “quem pense que o adultério persistente e a recepção da sagrada Comunhão são compatíveis é um herege e está promovendo um cisma”. Além disso, o cardeal afirmou que essa doutrina não pode ser mudada porque “de acordo com o Apóstolo Paulo, somos administradores dos mistérios de Deus e não os seus donos.”

Esta afirmação parece responder a prática, entre outros, dos bispos argentinos da região pastoral de Buenos Aires, que em uma recente carta consideravam que “se se chaga a reconhecer que, num caso particular, há limitações que atenuem a responsabilidade e a culpa (cf. 301-302), particularmente quando uma pessoa considere que cairia em uma subsequente falta prejudicial para as crianças da nova união, Amoris Laetitia abre a possibilidade de acesso [dos divorciados recasados em uma nova união] aos sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia”. De acordo com esses bispos, o ensinamento tradicional da Igreja, lembrado por São João Paulo II e Bento XVI, de que estes divorciados devem viver em continência, se querem acesso aos sacramentos, somente teria força quando “as circunstâncias concretas de um parceiro o façam viável”.
Com estas declarações, o cardeal Walter Brandmüller também responde aqueles que, como Mons. Papamanolis, acusavam os quatro cardeais e suas dubia de cismáticos e hereges, observando que o cisma está causado por aqueles que se desviam da doutrina católica e não por aqueles que a defendem e recordam, em cumprimento de sua missão como sucessores dos Apóstolos.
Por sua vez, o cardeal Walter Kasper, o maior expoente da proposta para mudar a prática tradicional da Igreja sobre casamento e o divórcio, fez declarações no sentido oposto. Em entrevista publicada pela Rádio Vaticano, o cardeal alemão afirmou que o papa já tinha falado claramente tanto na exortação pós-sinodal Amoris Laetitia como na carta posterior aos bispos argentinos, na qual confirmou a sua interpretação da exortação.
Ele também indicou que esta nova prática é um “desenvolvimento homogêneo” da doutrina de São João Paulo II. Esse “desenvolvimento”, no entanto, parece consistir em uma forma de agir diametralmente oposta à exigida pela Familiaris consortio: “A Igreja, no entanto, com base nas Escrituras reafirma a sua prática de não admitir à comunhão eucarística para os divorciados que se casam novamente. São eles os que não podem ser admitidos, uma vez que o seu estado e situação de vida contradizem objetivamente a união de amor entre Cristo e a Igreja, que é significada e realizada na Eucaristia. […] Reconciliação no sacramento da Penitência — que lhes abriria o caminho para o sacramento eucarístico — só poderia dar-se unicamente àqueles que, arrependidos de ter violado o sinal da Aliança e da fidelidade a Cristo, estão sinceramente dispostos a uma forma de vida que não contradiz a indissolubilidade do matrimônio”(FC 84).
De sua parte, o cardeal Burke deu uma entrevista a LifeSiteNews [nota de Sensus fidei: cf. Cardeal Burke: Correção Formal Provavelmente Ocorrerá em 2017] sobre a possibilidade de que o Papa não responde as dubia apresentadas sobre a interpretação correta de Amoris Laetitia. Na entrevista, o cardeal Patrono da Soberana Ordem de Malta indicou que “as dubia carecem de uma resposta, porque se referem aos próprios fundamentos da vida moral e o constante ensinamento da Igreja no que diz respeito ao bem e ao mal, em relação às várias realidades sagradas, como o matrimônio e a Comunhão, entre outras”.
Quanto à possível correção ao Papa que o cardeal Burke mencionara alguns dias antes, explicou que “trata-se de uma instituição antiga na Igreja.” Enquanto isso não aconteceu “nos últimos séculos, podem ser fornecidos exemplos e é realizada com absoluto respeito ao ministério do Sucessor de São Pedro.” Confrontados com aqueles que apresentam as dubia e a hipotética correção como uma rebelião ou uma cisma, o cardeal explica que “a correção ao Papa é realmente uma maneira de salvaguardar esse ministério e seu exercício”.
Ele também disse que era necessário manter firmemente os ensinamentos de João Paulo II na Familiaris Consortio, “sem importar com o que digam os meios de comunicação ou outros, nem tampouco se alguma citação do próprio Papa parece dizer algo diferente. Devemos testemunhar o que a Igreja sempre ensinou e praticou e, assim, estaremos tranquilos, não criaremos confusão nem divisão, como muitas vezes pode acontecer na Igreja, se você não age assim.”
O cardeal americano também ofereceu alguns detalhes formais sobre a possível correção: “seria direta, como as dubia, mas neste caso não se trataria de fazer perguntas, mas confrontar as declarações confusas com a doutrina e a prática constante da Igreja e, por conseguinte, corrigir Amoris Laetitia“. Com relação à data possível, ele disse que estavamos “nos últimos dias antes da festa da Natividade do Senhor, que são dias de intensas graças, e então temos a oitava da solenidade e as celebrações do início do novo ano, todo o mistério do nascimento do Senhor e sua Epifania, então, provavelmente, ocorreria algum tempo depois disso”.
A respeito de como viver este momento difícil para ele mesmo e para os católicos, o cardeal Burke recordou que “temos de aderir mais fortemente ao ensinamento da Igreja, à sua liturgia sagrada, à nossa vida de oração e devoção e a disciplina que salvaguarda e promove nossa vida em Cristo”. Na mesma linha, ele incentivou “os fiéis a não desanimarem” e que “estudem a fé e se introduzam o quanto possível na vida litúrgica da Igreja e se esforcem- por levar uma vida regida pela fé.”
Posteriormente, respondendo a perguntas de Vatican Insider, o cardeal Brandmüller explicou que o cardeal Burke “não disse que uma possível correção fraterna, como a citada em Gálatas 2,11-14, deva realizar-se publicamente.” Em vez disso, o cardeal Burke estaria “convencido de que, em primeira instância, a correção fraterna deveria ocorrer in caritatis camera (ou seja, em privado). Em qualquer caso, ele disse que os cardeais esperam “a resposta às dubia, uma vez que a falta de resposta poderia ser vista por amplos setores da Igreja como uma recusa a se aderir clara articulada à doutrina definida.”
Via: Sensus Fidei

sábado, 24 de dezembro de 2016

Um novo Avignon? Ou será que Francisco irá voltar atrás a tempo?

Cardeal Burke: Um Papa que professa uma heresia formal deixaria de ser Papa.



Steve Skojec – OnePeterFive | Tradução Sensus fidei

Repórter: Quando foi a última vez que um Papa foi repreendido?
Cardeal Burke: Tanto quanto sei, e eu não sou um especialista nisso, foi João XXII. Ele foi corrigido por um ensinamento errôneo sobre a visão beatífica.
Repórter: E quem fez isso?
Cardeal Burke: Havia um bispo envolvido e alguns frades dominicanos…
Repórter: Existe uma base bíblica para repreender um papa?
Cardeal Burke: A base bíblica clássica é a repreensão de São Paulo em relação a Pedro [em Gálatas 2: 11ss] em razão de sua acomodação dos judaizantes na Igreja Cristã primitiva. São Paulo confrontou Pedro francamente, porque exigiria coisas dos cristãos gentios que não são inerentes à fé cristã. E Pedro realmente concordou com isso, mas quando estava com os judaizantes fingia a outra posição e assim Paulo o corrigiu, como ele mesmo disse, francamente.
Repórter: Por que o senhor acha que o capítulo 8 de Amoris Laetitia é tão ambíguo?
Cardeal Burke: O motivo de sua ambiguidade, parece-me, é dar liberdade a uma prática que nunca foi admitida na Igreja, ou seja, a prática de permitir que pessoas que vivem em pecado grave recebam os Sacramentos publicamente.
Depois de discutir as origens das dubia e o dever moral que ele e os outros que escreveram a Francisco sentiram para dissipar a confusão e referir-se às antigas práticas da Igreja, ao lidar com situações morais complexas, a conversa voltou-se para aqueles prelados que estão resistindo aos erros da exortação:
Repórter: Há outros, além dos quatro cardeais que submeteram as dubia ao papa Francisco, que apoiam o que o senhor está dizendo?
Cardeal Burke: Sim.
Repórter: E eles não estão falando por que…?
Cardeal Burke: Por várias razões, uma delas é a maneira como a mídia toma essas coisas e as distorce, fazendo parecer que qualquer pessoa que levante uma pergunta sobre Amoris Laetitia é desobediente ao Papa, ou um inimigo do Papa, e assim por diante. Então eles…
Repórter: Eles estão sendo submissos.
Cardeal Burke: Sim, suponho.
Repórter: Um prelado acusou o senhor e seus colegas cardeais de estarem em heresia. Como o senhor responde a isso?
Cardeal Burke: Como você pode estar em heresia por fazer perguntas honestas? É simplesmente irracional acusar-nos de heresia. Estamos fazendo perguntas fundamentais baseadas na tradição constante do ensino moral da Igreja. Então, eu não creio que há qualquer dúvida de que, fazendo isso, fizemos algo herético.
Repórter: Alguns críticos dizem que o senhor está implicitamente acusando o Papa de heresia.
Cardeal Burke: Não, isso não é o que está implícito em tudo isso. Simplesmente pedimos a ele, como o Supremo Pastor da Igreja, que esclareça esses cinco pontos que estão confusos; Estes cinco pontos, muito graves e fundamentais. Nós não estamos acusando-o de heresia, mas apenas lhe pedindo para que responda a estas perguntas para nós como o Supremo Pastor da Igreja.
Alguns tomaram seu último ponto — que eles não estão acusando o papa de heresia — para significar que Burke e seus colaboradores, nas dúbia, estão indo de leve em sua abordagem em direção a Francisco. Mas eu diria que Burke é um orador muito preciso, e que ele está sendo tecnicamente preciso quando diz isso. Eles não estão acusando Francisco de heresia — ainda. É por isso que é imperativo que o papa responda às perguntas. Respondendo-as, esclareceria se ele é ou não um herege, e se ele precisa ser corrigido da maneira como foi o Papa João XXII, mencionado acima por Burke.
Há evidências para minha interpretação na seguinte seção da entrevista:
Repórter: O bispo Athanasius Schneider, ORC, bispo auxiliar da Arquidiocese de Santa Maria em Astana, Cazaquistão e bispo titular de Celerina, que escreveu uma carta aberta de apoio aos quatro cardeais e suas dubia, também afirmou que a Igreja está em um cisma de fato. O senhor concorda com isso?
Cardeal Burke: Há uma divisão muito grave na Igreja que precisa ser reparada porque tem a ver com, como eu disse antes, com o ensino dogmático e moral fundamental. E se isso não for esclarecido em breve, pode evoluir para um cisma formal.
Repórter: Algumas pessoas estão dizendo que o Papa poderia se separar da comunhão com a Igreja. O papa pode legitimamente ser declarado em cisma ou heresia?
Cardeal Burke: Se um Papa formalmente professasse heresia, ele deixaria, por esse ato, de ser o Papa. É automático. E assim, isso poderia acontecer.
Repórter: Isso pode acontecer.
Cardeal Burke: Sim.
Repórter: Este é um pensamento assustador.
Cardeal Burke: É um pensamento assustador, e espero que não testemunhemos isso em breve.
Como dizem nos filmes: “Não se trata de uma ameaça, mas de uma promessa”. Não cabe ao Cardeal Burke, ao Bispo Schneider, nem ao resto da aliança fiel de prelados saber se o papa perderia seu ofício ou não pela profissão de heresia. É apenas um fato. Não se pode simultaneamente ser um herege formal e um papa.
Para o Cardeal Burke ser capaz de responder a essas perguntas tão abertamente e sem nuances ou meios de equívoco, eu arriscaria dizer que ele já pensou nisto considerando todo o caminho que vê pela frente. Como ele será recebido e quais serão as consequências não é algo com o qual está a referir-se a si mesmo. Burke esclareceu sua posição sobre o assunto no ano passado, tanto quando disse que resistiria ao papa se chegasse a ele, e quando ele descreveu a situação lamentável, defendendo a “verdade da fé”, o fez nos seguintes termos:
“Se isso significa que cardeais se opõem a cardeais, então simplesmente temos de aceitar o fato de que… essa é a situação em que nos encontramos. Certamente, de minha parte, não busco este tipo de conflito, mas… se na defesa da verdade da fé eu acabar num desacordo ou em um conflito com outro cardeal, o que deve ser primordial para mim é a verdade da Fé e, como professor de fé, como pastor de almas, defender essa verdade”.
Questionado sobre o que aconteceria se o papa fosse considerado um herege, Burke foi franco, indicando mais uma vez que ele pensou isso até a conclusão lógica:
Repórter: De volta a esta pergunta sobre o Papa cometer heresia. O que acontece então, se o Papa comete heresia e já não é mais Papa? Há um novo conclave? Quem está no comando da Igreja? Ou simplesmente não queremos ir até lá para começar a descobrir essas coisas?
Cardeal Burke: Já existe a disciplina a ser seguida quando o Papa deixa o seu ofício, assim como aconteceu quando o Papa Bento XVI abdicou de seu ofício. A Igreja continuou a ser governada, nesse ínterim, entre a data efetiva de sua abdicação e a inauguração do ministério papal do papa Francisco.
Repórter: Quem é competente para declarar que ele está em heresia?
Cardeal Burke: Teria que ser membros do Colégio dos Cardeais.
Repórter: Só para esclarecer novamente, o senhor está dizendo que o Papa Francisco está em heresia ou está perto disso?
Cardeal Burke: Não, não estou dizendo que o Papa Francisco está em heresia. Eu nunca disse isso. Nem tenho afirmado que ele está perto de estar em heresia.
Repórter: O Espírito Santo não nos protege de tal perigo?
Cardeal Burke: O Espírito Santo habita a Igreja. O Espírito Santo está sempre vigiando, inspirando e fortalecendo a Igreja. Mas os membros da Igreja e, de forma preeminente, a hierarquia devem cooperar com as inspirações do Espírito Santo. Uma coisa é que o Espírito Santo esteja presente conosco, mas, outra coisa é sermos obedientes ao Espírito Santo.
A importância desta entrevista é… chocante. É clara, serena, contundente e completamente inflexível. Sua Eminência não diz mais do que deveria sobre o assunto em seu estágio atual, nem diz menos. Há um processo, e ele está seguindo-o à risca, como deve ser surpreendente de um homem com o seu conhecimento de direito eclesiástico.

Via: Sensus Fidei 

Em nota Bispo reafirma decreto e defende absurdos ainda maiores


Na sua conta no Facebook o Bispo de Uruaçu Dom Messias Reis da Silveira tentou se explicar da situação, muitos católicos jujubas de imediato viram naquilo como uma especie de verdadeira interpretação do decreto e que ele apenas queria combater excessos. Mas vendo frase por frase do Senhor Bispo (para o qual temos todo respeito) percebemos que ele volta a defender os mesmos absurdos e até maiores. 
"O Decreto é para evitar grupos sectários que não caminham na comunhão" - O Senhor Bispo deveria explicar melhor essa frase e dizer que Grupos são esses, pois dá a entender que os Grupos de Consagração a Nossa Senhora são Cismáticos ou até mesmo excomungados.  
"Existem pessoas desses grupos que não aceitam o Papa e nem a Cnbb, símbolo da comunhão do episcopado" - Em que consiste esse não aceitar o Papa? Será que não aceitar as opiniões pessoais do Papa Francisco é ato cismático? ou o senhor fala em cisma no sentido literal mesmo? Este ultimo caso confesso que é práticamente inexistente ou pouco representativo nos Grupos de Consagração, o que vemos é mais oposição a opiniões pessoais do Sumo Pontífice, da mesma forma que centenas de movimentos e pastorais faziam oposição ao Santo Padre Bento XVI e nunca foram incomodados por vossas excelências. Em relação a CNBB me assusta essa sua colocação, pois o único simbolo da unidade do colégio episcopal é o Papa e não a CNBB, este órgão é apenas um sindicato(Associação de Bispos) do qual vossa excelência é membro. Não existe nenhuma obrigação dos fieis seguirem as orientações da CNBB, não ao menos na Doutrina Católica visto que ela não faz parte da hierarquia. 
"O perigo é termos uma aparência e carregarmos armas internas para usá-las quando quisermos, como percebemos na guerra acontecida ontem. Existe muita gente armada. Isso não é cristão." - Se o decreto não tivesse jogado a primeira bomba com certeza não haveria guerra. 
"O Decreto se refere apenas à pessoas à mim confiadas. É somente para a nossa diocese. Muitos comentários vieram de pessoas de fora, o que demonstra incompreensão do significado de Igreja particular que caminha na unidade com seu pastor'' - Exatamente por compreender o sentido da Igreja particular que nos assusta Vossa Excelência usa de decreto para passar por cima de coisas já superadas pela Santa Sé. 
"Véu é uma questão pessoal, mas quando se trata de grupos usando é preciso orientar, como também é meu dever orientar outros grupos de pastorais e movimentos" - O Sentido de pessoal não quer dizer que o véu deva ser usado por poucas pessoas, mas no sentido que qualquer pessoa tem liberdade pra fazer uso, mesmo que o grupo seja de mil numa Igreja. Creio que vai ser necessário um segurança na porta das paróquias para contabilizar se a quantidade de véus já forma um grupo. 
"Corrente é o que indica o termo do Decreto. Não se trata de correntinha, terços de pulso, ou pequenas pulseiras com medalhinhas, tão comum hoje em dia. Trata-se de correntes de aço com cadeados, usados por grupos. Sei de pessoas na diocese que usa esse aparato, mas é uma opção pessoal, não imposta por grupos" - É exatamente estas correntes que São Luís aconselha, inclusive muitos Santos e Beatos fizeram uso de Correntes enormes com cadeados. O próprio São Luís usava uma corrente enorme na cintura. Sinceramente nunca vi ninguém sendo obrigado a usar estes sinais.
"A Igreja vai atualizando a sua doutrina. O que não é dogma pode ser revisto, como a Igreja já o fez muitas vezes" - Só se esqueceu que Vossa Excelência não tá sentado na Cátedra de Pedro para legislar a respeito disto. Vale lembrar que por ocasião da Canonização de São Luís os seus escritos foram considerados isentos de erro. 
"Existe um padre que celebra Missas para pessoas de Cultura Sertaneja, mas segue nosso Diretório Litúrgico'' - Então quer dizer que a Diocese agora tem um Rito Litúrgico Próprio?
"Rezem por minhas fraquezas, perdoem a minhas falhas" - Também pedimos perdão se no ardor da Batalha cometemos alguma falta, mas diante de tão relevante caso a respeito da difusão da piedade, modéstia e triunfo do Reinado de Maria não podemos nos calar. 

Segue abaixo a nota completa do Bispo postada em sua conta pessoal do Facebook:
Com consciência e responsabilidade de pastor emiti o Decreto sobre a devoção e consagração à Nossa Senhora. O mesmo foi publicado no Portal de nossa Diocese de Uruaçu. Não quero me defender, mas apenas esclarecer. Até mesmo porque Jesus disse que a defesa vem pelo nosso Mestre interior (Lc 12,12), quando for necessária. 
Nosso Padroeiro Diocesano é o Imaculado Coração de Maria. Temos dois Santuários Marianos na Diocese. O de Muquém acolhe 400 mil pessoas durante a Romaria acontecida em agosto. Temos várias paróquias dedicadas à Nossa Senhora na Diocese. O Coracäo Desta Diocese é Mariano e o meu também. A reza do terço e devoção Mariana é sempre incentivada.
As repercussões me deram a certeza que realmente o Decreto era necessário. Está claro que não se trata de ir contra a devoção e consagração à Nossa Senhora, que me acompanham desde a infância. No Batismo fui consagrado à Virgem Maria e essa consagração renovo diariamente. Cresci ouvindo pela Rádio Aparecida a Consagração à Nossa Senhora. Sempre às 15:00 estava rezando com o padre para me entregar à Virgem Mãe. A oração do terço me acompanha desde a infância. 
O Decreto é para evitar grupos sectários que não caminham na comunhão. O que não é uma realidade ainda entre nós, mas que existem em outros lugares. Como alguns grupos estão surgindo, na diocese, é meu dever dar as indicações especialmente para salvar a comunhão eclesial evitando o espírito diabólico como percebemos existir, nos comentários feitos. Existem pessoas desses grupos que não aceitam o Papa e nem a Cnbb, símbolo da comunhão do episcopado. A comunhão é um projeto a ser abraçado. O Decreto é uma medida preventiva, para que não nos desviemos da meta. É preciso acolhê-lo desarmado para compreender sua mensagem. O perigo é termos uma aparência e carregarmos armas internas para usá-las quando quisermos, como percebemos na guerra acontecida ontem. Existe muita gente armada. Isso não é cristão. Verifiquei muitos comentários maldosos revelando que há uma mentalidade diabólica (que divide) em muitos dos consagrados. O Decreto é para evitar que essa mentalidade sectária cresça no meio deste povo de nossa diocese que tanto amo e que muito ama a Igreja. O acompanhamento é necessário e também a correção. Essa é minha missão. O Decreto se refere apenas à pessoas à mim confiadas. É somente para a nossa diocese. Muitos comentários vieram de pessoas de fora, o que demonstra incompreensão do significado de Igreja particular que caminha na unidade com seu pastor. Nenhum Bispo interfere em outra diocese. Existem corações aparentemente bons, mas quando quando questionados revelam grandes neuroses interiores. Revelam o que realmente está dentro deles. As reações me deixaram em paz. Era realmente necessário fazer o decreto. 
Véu é uma questão pessoal, mas quando se trata de grupos usando é preciso orientar, como também é meu dever orientar outros grupos de pastorais e movimentos. 
Conheço senhoras piedosas que usam o véu. Minha mãe mesmo usava. 
Corrente é o que indica o termo do Decreto. Não se trata de correntinha, terços de pulso, ou pequenas pulseiras com medalhinhas, tão comum hoje em dia. Trata-se de correntes de aço com cadeados, usados por grupos. Sei de pessoas na diocese que usa esse aparato, mas é uma opção pessoal, não imposta por grupos. Quando se trata de grupos com tendências sectárias que passam usar cabe a mim como pastor, orientar. Certamente se fossemos perguntar a São Luíz, ele também nos indicaria o caminho da comunhão. 
A Igreja tem nos indicado o caminho de uma relação filial com Maria. A Igreja vai atualizando a sua doutrina. O que não é dogma pode ser revisto, como a Igreja já o fez muitas vezes. 
Quem me conhece e conhece a Diocese sabe que as acusações sobre Teologia da Libertação são falsas e nem precisam ser comentadas A realidade fala por si mesma. 
Sobre Missa Sertaneja, não é nossa realidade. Existe um padre que celebra Missas para pessoas de Cultura Sertaneja, mas segue nosso Diretório Litúrgico. A Liturgia é cuidada aqui com muito zelo, pela Dimensão Litúrgica Diocesana. 
A Igreja caminha no meio da tempestade e nessas horas nossa fé é provada para verificarmos se, se trata de uma atitude interior, ou algo apenas externo.
Vamos juntos viver as alegrias do Reino acontecendo entre nós. Nossa Igreja Diocesana é bonita. 
Rezem por minhas fraquezas, perdoem a minhas falhas. 
Tenham um Feliz e abençoado Natal. 
Glórias a Deus nas alturas e paz na terra às pessoas que Deus tanto ama e salva.



Dom Messias dos Reis Silveira
Bispo de Uruaçu GO

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Bispo proíbe por decreto grupos que usam Cadeias e Véus


Bispo brasileiro iniciou uma verdadeira inquisição contra os Grupos de Consagração a Virgem Maria pelo método de São Luís de Montfort que usam correntes e véus, incentivando a piedade e a modéstia(Isso sim é um grande crime para o episcopado Brasileiro). O Hilário do decreto é que o Bispo usa de toda pompa de um documento verdadeiramente ortodoxo, com citações do Código de Direito Canônico, Constituições e tudo mais. O decreto ainda proíbe o uso do nome "escravo de Nossa Senhora" além de punições para quem desobedecer. 
DOM MESSIAS DOS REIS SILVEIRA
Por mercê de Deus e da Sé ApostólicaBispo de Uruaçu-GO
DECRETO
VERUM ET AUTHENTICUM CULTUM BEATAM MARIAM SEMPER
VIRGINEM
Sobre o verdadeiro culto a Bem-aventurada sempre Virgem Maria
Aos que este nosso Decreto virem, saudação, paz e bênção em nosso Senhor Jesus Cristo.
Considerando que Maria exaltada por graça do Senhor e colocada, logo a seguir a seu Filho, acima de todos os anjos e homens, Maria que, como mãe santíssima de Deus, tomou parte nos mistérios de Cristo, é com razão venerada pela Igreja com culto especial (LG n.66)
Considerando o Cân. 1186 que diz que a Igreja recomenda à veneração especial e filial dos fiéis a Bem-aventuradas sempre Virgem Maria, Mãe de Deus, a quem Cristo constituiu Mãe de todos os homens, bem como promove o verdadeiro e autêntico culto dos outros Santos, por cujo exemplo os fiéis se edificam e pela intercessão dos quais são sustentados;
Considerando que a doutrina católica, recomenda a todos os filhos da Igreja que fomentem generosamente o culto da Santíssima Virgem, sobretudo o culto litúrgico, que tenham em grande estima as práticas e exercícios de piedade para com Ela, aprovados no decorrer dos séculos pelo magistério, e que mantenham fielmente tudo aquilo que no passado foi decretado acerca do culto das imagens de Cristo, da Virgem e dos santos. (Cone. Niceno II, em 787: Mansi 13, 378-379: Denz. 302 (600-601) ; Cone. Trident., sess. 25: Mansi 33, 171-172).
Tendo em vista que a verdadeira devoção não consiste numa emoção estéril e passageira, mas nasce da fé, que nos faz reconhecer a grandeza da Mãe de Deus e nos incita a amar filialmente a nossa mãe e a imitar as suas virtudes. (LG 67)
Considerando o Cân. 392 § 2 que diz que o Bispo deve vigiar para que não se introduzam abusos na disciplina eclesiástica, principalmente no culto de Deus e dos Santos;
Havemos por bem decretar, como de fato decretamos, que o Culto a Maria na Diocese de Uruaçu: Deve seguir o que a Tradição da Igreja ensina sobre o Culto a Maria;Para evitar quaisquer manifestações cultuais contrárias à reta praxe católica no que se refere ao Culto a Maria;
Deve evitar qualquer tipo de Consagração a Nossa Senhora que fomente manifestações contrárias à reta praxe cristã;
Que os Sacerdotes devem impedir a ereção de grupos sectários que usam sinais como: véus, correntes (no sentido estrito do termo), e outros tipos de manifestações próprias, que ao invés de promover a verdadeira Devoção a Nossa Senhora, cria-se uma devoção obscura que mais confunde do que promove piíssima devoção;
Que os Sacerdotes estejam atentos, principalmente, aos fiéis que cultivam a Consagração a Nossa Senhora sob a espiritualidade de São Luís Maria Grignion de Montfort – a qual propõe aos cristãos a consagração a Cristo pelas mãos de Maria, como meio eficaz para viverem fielmente os compromissos batismais – para que estes não desvirtuem esta bela devoção ou a resumam numa emoção estéril e passageira que não expressa a realidade e profundidade de tal espiritualidade;
Que qualquer manifestação de espiritualidades advinda de outras realidades e/ou pessoas que queiram promover estas, devem ser submetidas ao conhecimento do Pároco, o qual, encaminhará ao Bispo Diocesano que aprovará ou não sua praxe no território da Diocese;
Que o termo Escravo de Nossa Senhora não seja empregado, tendo em vista que não vos chamo escravos (õovilovç), porque o escravo (5ov2oç), não sabe o que faz seu senhor; mas Eu vos chamo de amigos”, (Jo 15,15); nem vos tenho como escravo (cSov2ov), mas muito mais do que um escravo ((ovilov), como irmão querido” (Flm 15-16).
Recordamos aos Sacerdotes e fiéis leigos o que determina o cân. 1371, 2°: Seja punido com justa pena: quem […] não obedecer à Sé Apostólica, ao Ordinário ou ao Superior quando legitimamente mandam ou proíbem alguma coisa, e, depois de avisado, persistir na desobediência (Redação dada pela Carta Apostólica sob a forma de Motu Próprio “Ad Tuendam Fidem” de 18 de maio de 1998).
Exortamos todos os filhos da Igreja a renovar pessoalmente a sua própria consagração a Nossa Senhora, e a viver este nobilíssimo ato de culto com uma vida cada vez mais conforme à Vontade Divina, e em espírito de serviço filial e de devota imitação da sua celeste Mãe.
Exprimimos, por fim, a confiança de que o clero e o povo cristão confiados ao nosso ministério pastoral corresponderão generosamente a esta nossa Exortação, demonstrando para com a Virgem Mãe de Deus uma piedade mais ardente e uma confiança mais firme. Enquanto nos conforta a certeza de que a excelsa Rainha do Céu e nossa Mãe dulcíssima não deixará de assistir todos e cada um dos seus filhos e não retirará de toda a Igreja de Cristo o seu celeste patrocínio.
Dado e passado em nossa Cúria Diocesana, aos 21 dias do mês de dezembro de dois mil e dezesseis, memória de São Pedro Canísio.
Via: Site da Diocese de Uruaçu

Resistências malévolas: Francisco no Natal da Cúria


Trecho do discurso do Papa a Curia Romana na tradicional confraternização de Natal: 

"Neste percurso, é normal, até mesmo salutar, encontrar dificuldades, que, no caso da reforma, poder-se-iam apresentar segundo diferentes tipologias de resistências: as resistências abertas, que nascem muitas vezes da boa vontade e do diálogo sincero; as resistências ocultas, que nascem dos corações assustados ou empedernidos que se alimentam das palavras vazias da hipocrisia espiritual; há também as resistências malévolas, que germinam em mentes doentes e aparecem quando o diabo inspira más intenções (muitas vezes disfarçadas sob pele de cordeiros). Este último tipo de resistência esconde-se por trás das palavras justificadoras e, em muitos casos, acusatórias, refugiando-se nas tradições, nas aparências, nas formalidades, no conhecido, ou então em querer reduzir tudo a um caso pessoal, sem distinguir entre o ato, o ator e a ação" 


Via: Rádio Vaticano 


quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

"Liturgista" da Paulus também apoia Jean Wyllys

Acredite se quiser mais este sujeito abaixo é o Liturgista que a Paulus segue:



Sim, é ele mesmo. A própria Paulus confirmou isso em um Email resposta aos questionamentos do Padre Nildo Leal.



Temos a honra de reproduzir um artigo antigo de Dom Henrique Soares da Costa, Bispo de Palmares, que descreve quem é Marcelo Barros e seu perigo para fé da Igreja: 
Via Site: domhenrique.com.br

O Sucessor de Boff

Gravem bem este nome: Marcelo Barros. Trata-se de um monge beneditino que não pertence à Congregação Beneditina do Brasil e há algum tempo faz declarações polêmicas no seio da Igreja em terras brasileiras. Há dois anos, criticou dura e amargamente a Declaração Dominus Iesus, aprovada pelo Papa João Paulo II. Esta declaração afirma a fé católica: que Cristo é o único Salvador e a Igreja de Cristo subsiste na Igreja católica. Esta sempre foi e será a doutrina da Igreja. Mas, incomoda hoje a muita gente que gostaria de dizer que tanto faz ser cristão como seguir outra religião e tanto faz ser católico como não ser...
Agora, o monge Marcelo Barros escreveu uma carta aberta ao Papa João Paulo, criticando-o acidamente pela sua última encíclica sobre a Eucaristia. Primeiro faz à Encíclica algumas acusações descabidas e destorcidas, com o verniz de quem quer fazer-se passar por grande teólogo... Depois, mostra candidamente que o seu modo de compreender a missa, o ecumenismo e o ministério de Pedro já não é o mesmo de um fiel católico. Marcelo Barros, hoje, é mais sincretista que católico: confunde ecumenismo e diálogo inter-religioso com relativismo, irenismo e sincretismo.
Só para que o leitor compreenda o que se está afirmando aqui, vale a pena citar o final da carta aberta que o monge encrenqueiro manda ao Papa: “Formado na teologia e espiritualidade do Concílio Vaticano II, reconheço o senhor como bispo de Roma e primaz da unidade entre as Igrejas mas não como um super-bispo ou definidor da fé das pessoas. Aceito o primado do papa como ministério querido por Deus, mas isso não inclui a nomeação dos bispos, nem a definição de um direito universal, ou um catecismo de doutrinas que todos os católicos do mundo devam crer. Por que impor a todas as Igrejas um modelo único de ministérios e uma única liturgia: a romana? Não estaria mais de acordo com a verdade da eucaristia promover a vida e a liberdade de todos? Seria o testemunho: cremos que, assim como as muitas espigas formam um só pão, Deus faz da diversidade das Igrejas e da variedade das celebrações, a unidade de uma só comunhão. Deixo ao senhor e aos irmãos que lerem estas linhas estas perguntas e fico orando por nossa Igreja para que seja como afirmaram, um dia, os bispos da América Latina: "uma Igreja autenticamente pobre, missionária e pascal, desligada de todo o poder temporal e corajosamente comprometida na libertação de todo o ser humano e de toda a humanidade (Medellin. 5, 15 a). O irmão Marcelo Barros”.
Apesar de chamar o Papa de “irmão João Paulo II” – que já não é muito apropriado para um católico sério: como recordava o grande teólogo do ecumenismo Jean-Marie Tillard, os apelativos de “Papa” e “Santo Padre” têm um sentido tão belo! – o tom da carta ao “Irmão Papa” é debochado e desrespeitoso, próprio de quem quer aparecer, fazendo sucesso e sendo estrela às custas da unidade da Igreja! Para gerar polêmica, ele mete no mesmo saco, em tom irônico e debochado o problema do celibato dos padres, da ordenação de mulheres, do sentido teológico da missa e da comunhão, do catecismo da Igreja... Ele deveria cantar com os pagodeiros do “Só pra contrariar”...
A missão do teólogo é refletir sistematicamente sobre a fé, fazendo-a compreensível ao homem de cada época e, por outro lado, interpelar a fé, fazendo-a ouvir e compreender as questões dos homens de cada tempo e lugar, de cada realidade concreta. Esta tarefa é árdua e muitas vezes conduz a tensões entre teólogos e pastores da Igreja. Até aí, nenhum problema... Mas um teólogo verdadeiramente católico faz este trabalho sem debochar do Papa e do Magistério, sem querer dá uma de Grande Mestre, a quem o Papa e a Igreja devem prestar contas. Marcelo Barros, pelo que parece, está querendo polêmica para fazer nome. Quer ser o Sucessor de Boff, em guerra contra o Sucessor de Pedro! Dá audiência, vende livro, faz sucesso, rende convites para conferências, atrai holofotes. Mas, cuidado! Os tempos são outros! Os católicos da América Latina e a grande maioria do clero não estão dispostos a seguir um profeta de si mesmo! Não mais! Já sofremos muito com divisões internas e inúteis na Igreja.
Gravem bem esse nome: Marcelo Barros. Quando ouvirem que a Santa Sé reclamou do que ele anda falando e o chamou para conversar, e os jornais - que adoram dividir a Igreja e fazer sensacionalismo às custas dos católicos – começarem a dizer que ele é perseguido e injustiçado, que ninguém vá na onda: ele estará somente colhendo o que plantou e recebendo o que merece. Foi ele mesmo quem, há dois anos, vangloriou-se de ter como ministra da comunhão no seu mosteiro uma mãe-de-santo; E achava isso a coisa mais linda e natural... e explicava o motivo: lá e cá é o mesmo Deus, lá e cá ela faz a mesma experiência religiosa... os seus dois “ministérios” se completam! Que lindo! E uma cabecinha dessas quer que o Papa engula e aceite tais aberrações!
A Igreja é a Casa da liberdade em Cristo, mas não é Casa da Noca. É espaço de diálogo, mas não de aventuras individuais. A comunhão leal e efetiva na mesma fé, na proclamação do Senhorio de Cristo como único Salvador, um respeito leal e criterioso ao magistério e aos legítimos pastores, a adesão sincera e convicta à fé católica, segundo a qual o Papa é Sucessor de Pedro e, como tal, Pastor supremo da Igreja, são pressupostos indispensáveis para um católico... ainda mais se se trata de um padre e de alguém que pretende ser teólogo católico.