sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Nota vergonhosa da CNBB sobre o Massacre de Manaus

Uma nota digna de um PT ou PSOL, mas na verdade é só a CNBB mais uma vez agindo ideologicamente, como sempre dizendo defender a dignidade humana. 

"Pedimos às autoridades competentes a rigorosa apuração dessa tragédia", afirmam os bispos.
A presidência da CNBB emitiu, na tarde da quarta-feira, 4 de janeiro, uma Nota aos bispos, padres, religiosos, leigos e a todas as pessoas de boa vontade a respeito do massacre no complexo penitenciário de Manaus (AM).
No texto, os bispos afirmam que estão unidos a dom Sérgio Castriani, arcebispo de Manaus, e, com ele manifestam "repúdio contra a mentalidade daqueles que banalizam a vida achando que a mesma é descartável e que se pode matar e praticar todo tipo de crime e violência contra os cidadãos”.
Os bispos ainda pedem "às autoridades competentes a rigorosa apuração dessa tragédia, na sua complexidade conjuntural e estrutural, e, acima de tudo, a busca de um sistema penitenciário mais justo, digno e humano".

Leia a Nota:

NOTA DA CNBB SOBRE O MASSACRE
NO COMPLEXO PENITENCIÁRIO DE MANAUS
Estive na prisão e me visitastes (Mt 25,36)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, através da sua Presidência, manifesta seu repúdio e sua indignação diante do massacre de presos ocorrido, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus (AM). Nós nos unimos ao arcebispo de Manaus, Dom Sérgio Castriani, e à Pastoral Carcerária, para reafirmar a defesa incondicional da vida dos encarcerados e a solidariedade com as suas famílias. “Manifestamos nosso repúdio contra a mentalidade daqueles que banalizam a vida achando que a mesma é descartável e que se pode matar e praticar todo tipo de crime e violência contra os cidadãos” (Nota Pública da Arquidiocese de Manaus).  
O Papa Francisco, na audiência geral desta quarta-feira, 4 de janeiro, referindo-se a esse massacre, afirmou: “Renovo o apelo para que as prisões sejam lugares de reeducação e reinserção social, e que as condições de vida dos reclusos sejam dignas de pessoas humanas”. Nestes três pilares mencionados pelo Papa, estão construídas, há muitos anos, a posição e solicitude da Igreja, diante da realidade de vida dos encarcerados no Brasil: a reeducação, a reinserção social e o respeito pela dignidade humana. 
A Igreja tem oferecido a sua contribuição para defesa da dignidade dos encarcerados e promoção da justiça social. Por intermédio da CNBB, manifesta sua disposição de continuar trabalhando, para que se implante uma segurança que proporcione condições de vida pacífica para os cidadãos e para as comunidades.  
A Pastoral Carcerária acompanha as unidades prisionais em todo o País e tem, reiteradas vezes, chamado a atenção para os graves problemas do sistema penitenciário: a superlotação e a falta de estrutura das unidades prisionais, a privatização dos presídios, a necessária reeducação e reinserção social dos presos. Nos últimos anos, a Pastoral Carcerária tem insistido na elaboração e execução de Políticas Públicas que contemplem o revigoramento das Defensorias Públicas, Ouvidorias e Corregedorias autônomas, bem como o controle externo das políticas penitenciárias no País. 
Pedimos às autoridades competentes a rigorosa apuração dessa tragédia, na sua complexidade conjuntural e estrutural, e, acima de tudo, a busca de um sistema penitenciário mais justo, digno e humano. 
Solidários com as famílias das vítimas desse massacre, rezemos, com o Papa Francisco, “pelos detentos mortos e vivos, e também por todos os encarcerados do mundo, para que as prisões sejam para reinserir e não sejam superlotadas”.  
Brasília-DF, 4 de janeiro de 2017


Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB  

Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger
Arcebispo de São Salvador da Bahia
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB

Via: Site da CNBB

3 comentários:

  1. Seria melhor não ter emitido nota alguma.

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  2. Quanto a questão da superlotação de presídios, rebeliões e afins, repriso aqui o comentário mais inteligente e abalisado que li até hoje, do integrante do Ministério Público Wendell Beetoven:
    "A função da pena não é recuperar ninguém. Isso é uma quimera, uma bobagem acadêmica que professores esquerdistas ensinam na faculdade. A sanção penal visa a neutralizar o delinquente, para que num determinado período ele deixe de fazer mal à sociedade. Se ele, por mérito próprio, melhorar a sua personalidade, ótimo para ele; se não, o sistema de justiça criminal deve agir para encarcerá-lo de novo, por mais tempo, porque ficou demonstrado que ele não sabe viver em meio às pessoas de bem. O bandido é sempre o algoz, o predador, e não uma vítima da sociedade. Logo, ele é que deve adequar o seu comportamento aos padrões minimamente aceitáveis, do contrário será contido, enjaulado. É simples."

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  3. Quando vi a chamada achei que fosse coisa do sensacionalista.com!
    Que decepção...
    Principalmente porque Jesus sempre mostrou tanta misericórdia.
    Triste...

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