terça-feira, 26 de setembro de 2017

Cardeal Müller propõe debate formal sobre a Amoris Laetitia

Uma publicação Original de PeriodistaDigital / Adaptação do Instituto Bento XVI

Uma disputa teológica no estilo dos que aconteciam na idade média - O Ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé o Cardeal Gerhard Müller propõe ao Papa Francisco um debate formal sobre a Amoris Laetitia, a informação foi revelada ao vaticanista Edward Pentin do National Catholic Register. 
O purpurado alemão pretende com esta proposta por fim a um risco eminente de cisma devido as controvérsias causadas pelo documento papal. 
Assim o Cardeal defende que o Papa Francisco nomeie um grupo de cardeais para defender as mudanças da Amoris Laetitia num enfrentamento teológico com os que se opõe, que seriam os signatários das Dubias e da Correção filial que explodiu nesse fim de semana, esse sistema foi adotado várias vezes na idade média e recebeu o nome de "Disputa Teológica" (Disputatio), o debate teria como fonte as Escrituras Sagradas, a Lei Canônica e os Dogmas de Fé. 
O Cardeal acredita que o debate formal pode ser uma maneira de promover o que a Igreja necessita nesta conjuntura "Mais diálogo e confiança recíproca", em vez de "Polarização e polêmica" 
O Cardeal encerrou a entrevista dizendo "Temos que evitar um novo cisma e separações na única Igreja Católica, cujo princípio permanente e fundação de sua unidade em Jesus Cristo é o atual Papa Francisco, e todos os bispos em comunhão com ele". 

17 comentários:

  1. As "dubias" cardinalícias (desses e talvez de outros purpurados) não são as "dubia" dos que se aproximam dos dramas das separações, das chantagens afetivas, das violências domésticas. Esses senhores oscilam entre o tomismo rígido e o neoplatonismo agostiniano devedor das mais gritantes reivindicações da carne! Das "dubia" deles sobram-nos , aos pastores, o fardo de ter de suportá-las e enfrentá-las com a misericórdia do Senhor. Para os feridos pelas separações, divórcios, segundas ou terceiras uniões, além das consequências psicológicas advindas dessas situações, têm de carregar o fardo de eventuais conselheiros espirituais legalistas e moralistas. Por outro lado, para muitos católicos leigos e, significativo número de padres, as "dubias" há tempos já não são mais "dúbia" - mas intransigências hipócritas de fariseus que se colocam na "soleira de entrada do Reino": não entram e não deixam os outros passarem.
    Eles se manifestam contra a prática da comunhão eucarísticas para os divorciados-recasados. E os padres que cometeram o crime da pedofilia, muitos deles estão presidindo a Eucaristia e comungando. Essa prática pode? Uma coisa eu afirmo com toda certeza e vocês sabem disso: o grupo dos fariseus acabou, mas o farisaismo continua enraizado em muitos dentro da Igreja.

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    1. Concordo plenamente com o papa Francisco iluminado pelo Espirito Santo tem sido um LUZEIRO neste mundo onde as trevas

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    2. Padre que me desculpe eu discordar do Senhor. Acredito que os que não estão encontrando a verdade do evangelho na Amoris Laetitia também não aceitam a pedofilia. Mas o caso é que o Papa ainda não deixou uma resposta, não se reúne com o clero que está pedindo uma reunião com ele, e isso é o que mais preocupa também. Eu espero que tudo se resolva entre o Papa e toda a Igreja, que o Senhor envie o Espírito Santo para iluminar a todos. Amém.

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    3. Coisa mais triste ver um Padre falando uma asneira dessas. Como Sacerdote, o senhor não faz mais do que sua obrigação em suportar esses "fardos" e aconselhar os fiéis que, por ventura, vivem dramas como esses, dentro daquilo que ensina a Santa Igreja Católica. Não é a Igreja que tem que se adequar aos dramas individuais de cama um, mas os fiéis é que devem buscar a solução para os seus dramas dentro da luz apontada pela Igreja.

      Não há ninguém tomando a passagem para o Reino dos Céus. Ocorre, meu senhor, que a porta é estreita e não é papel da Igreja fazer uso de eufemismos para que os fiéis tenham a falsa sensação de que entrarão no céu. O casamento é indissolúvel. Quem está em segunda união vive em adultério. Ponto. Cada um tome sua cruz. A Igreja não pode inventar doutrinas dissociadas da Relevação e conduzir os fiéis à condenação Eterna.

      Quanto à sua pergunta pueril sobre Padres pedófilos, só me resta relembrá-lo do Catecismo da Igreja Católica que o senhor parece ter esquecido. Padres que cometeram (no pretérito perfeito do indicativo) pedofilia devem ser punidos. Porém o Mistério da Eucaristia não é afetado se o Padre está em pecado mortal e se ele se confessou, nada obsta que tome a comunhão. Como "cometeram" é passado e a confissão absolve os pecados, sua colocação não faz nenhum sentido. Uma pessoa que está em segunda união VIVE no pecado. Se quer tomar a comunhão, que se confesse e viva em abstinência sexual com o companheiro.

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    4. Uai, padre, não sei o que lhe incomoda! Pelo visto o sr. já aplica "amores delícia" há um bom tempo em sua paróquia para casais até "n" uniões. Então o que o sr. deseja? Uma chancela do papa? Pode até ser..., mas o que Jesus falou o sr sabe, né? Esse problema não é novo, afinal pq João Batista perdeu a cabeça? Pq existe o anglicanismo?

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    5. Fico feliz em ver que o povo tá acordando. É bom que os defensores da "modernização" da Igreja estejam cada vez mais incomodados com o despertar dos católicos. É bom que padres como este Benetido Mazeti falem cada vez mais, mostrando todo seu ressentimento contra a Tradição da Igreja. É bom que usem termos como "farisaísmo", ou "radicalismo", ou "extremismo", como já vi outros membros da Igreja usarem, contra aqueles que querem resgatar a verdadeira religião de Cristo que está sendo vilipendiada. Isso mostra que os que querem seguir o catolicismo de sempre estão começando a incomodar esses revolucionários, ativistas do modernismo, propagadores de modas dentro da Igreja, que tinham se refugiado na obscuridade de suas heresias e afastados e expulsos com o rabo entre as pernas pelos Papas pré-conciliares. É bom que esse padre defenda a heresia donatista (aquela que diz que um sacerdote não pode ministrar os sacramentos se for pecador), ou que defenda que os recasados que estão em adultério, ou seja, em pecado mortal, recebam sacrilegamente o Santíssimo Sacramento. É bom que falem na "democratização" da Igreja, na "inclusão", na "liberdade", termos hoje que são nada mais que bandeiras políticas da agenda anti-católica. É bom que convidem o movimento LGBT pra discursarem em suas paróquias, como aconteceu em Minas Gerais, e saiam dizendo por aí que a Igreja aceita não só o pecador, mas também o pecado.

      Tudo isso é muito bom, porque os católicos estão redescobrindo o que é certo e o que é errado, estão estudando a história da Igreja e a sua Tradição, que padres como este gostam de chamar de "farisaísmo". E com esse redescobrimento, os católicos começam a perceber mais claramente quem são os bons padres, os padres realmente católicos, e os que não são, os que estão na Igreja apenas para destruí-la por dentro, para revolucionar, para impor modas, para "adequar" a Igreja ao mundo, para conciliar o que é de Deus com o que é dos demônios, porque são os demônios que criam as modas do mundo.

      É bom que façam isso, porque foi Nossa Senhora mesma, em Fátima, que alertou Santa Jacinta: "As pessoas que servem a Deus não devem andar com a moda. A Igreja não tem modas. Nosso Senhor é sempre o mesmo."

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    6. A análise do Padre Benetido Mazeti está certíssima, ele vê a pessoa por dentro: suas angústias, suas dores, seus fracassos. E esses cardeais não enxergam a pessoa por dentro, não pregam a vida em abundância, mas o sofrimento, enquanto que eles não sofrem nada. A Cruz deles não é o Amor e o Perdão incondicional de Deus para nós, mas um instrumento de tortura. Usam a Cruz não para consolar as pessoas, mas para torturá-las e torná-las submissas às injustiças que há na sociedade. Esses cardeais sustentam uma mentalidade que favorece a injustiça, a corrupção. Amam as honras, roupas pomposas, os primeiros lugares, promovem valores diametralmente opostos ao evangelho. Roupas e sapatos caros, de linho fino, etc., carros dignos de autoridades, apartamentos ou casas suntuosas, vida principesca, atitudes e mentalidades que favorecem e impulsionam as injustiças sociais. Não visitam as casas dos pobres, mas visitam as casas dos ricos, mesmo que nem assistam a Missa aos domingos. E quanto aos termos "rigoristas", farisaicos", "hipócritas", "jansenistas", "legalistas", etc., foram os únicos pecados que Jesus condenou com força. Todos os outros pecados encontraram o perdão diante de Jesus, mas esses foram severamente reprovados. Eles não fizeram uma "correção", mas uma acusação, acusaram o Papa de heresia, também não querem fazer um debate, mas como os fariseus, querem pegar os defensores do Papa ou o próprio Papa numa "contradição" para daí, sem nenhuma compreensão, armarem a deposição do Papa Francisco. Eles querem depor o Papa Francisco. Estão tramando uma deposição, como fizeram os fariseus do tempo de Jesus. O espírito dos fariseus é o mesmo deles. Eles se encaixam muito bem naqueles personagens da parábola do Bom Samaritano, que viram o homem caído pelo caminho e passaram indiferentes, omitindo o socorro, para ir ao templo para "cultuar" a Deus, sendo que o verdadeiro culto, ou seja, a verdadeira religião, como diz São Tiago, é assistir ou socorrer os pobres mais pobres. O fim da missa é evangelizar os pobres e depois os ricos. O evangelho veio libertar os pobres de todas as escravidões e injustiças sociais, pois Jesus quer que todos tenham vida e em abundância, não só as classes privilegiadas. Os tradicionalistas possuem um discurso dialético da Cruz: para os pobres eles dizem que devem sofrer com resignação as injustiças dos ricos; para os ricos eles dizem que devem carregar a Cruz de pobres insatisfeitos. Ou seja, eles mandam os pobres sofrer e os ricos eles apascentam e confortam suas injustiças. Só a Misericórdia, doutrina infalível, é que pode livrar o mundo atual de todo o mal e de todo o pecado. Por isso, não adianta debater com quem não quer aceitar a verdade, mas só querem perverter tudo e acusar a todos.

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    7. Padre,como uma mulher casada há mais de 20 anos, te afirmo que o senhor não sabe o que fala. Uma coisa é o senhor ouvir confissões de certos casais ou mesmo acompanha-los e achar que o que eles sofrem é demais para suportar. Outra coisa é conviver com eles no dia a dia, e isso nenhum padre tem poder de conhecimento. Quero dizer com isso que todos os problemas que acontecem dentro de um lar pode ser resolvido com oração, perdão e renúncia de si mesmo. Ai eu te pergunto: Esses casais de fato querem a cruz? E tem mais. A palavra de Deus não nos ensina que em certos casos já que não suportam viver mais junto é permitido separar fisicamente um do outro com a manutenção do vìnculo? O senhor não ensina isso a estes casais? Me perdoe padre a minha sinceridade, mas sabe mesmo o que homens e mulheres não querem renunciar? A sexo. E isto eles não tem coragem de falar para os padres. Pergunta a um casal que está querendo se separar se eles estão dispostos a receber um novo cônjuge do jeito que Deus quiser mandar, pra vê o que eles respondem? Pergunta a eles se ao casarem de novo se estão dispostos a ficar até o fim com um marido ou esposa da qual receberam a notícia que estão doentes e por isso terão que viver por tempo indeterminado a abstinência sexual pra vê o que eles respondem. É da cruz padre Benedito que o homem corre e parece que o senhor não sabe disso né. Infelizmente até os padres andam com pavor da cruz.

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    8. "Falácia é um recurso retórico que tenta enganar o oponente na tentativa de provar a "veracidade da mentira". As falácias "ad hominem de ataque pessoal" consistem em invalidar os argumentos do oponente pela desqualificação moral do mesmo, sem provar nada, sem argumentar nada: "dado que fulano é xis ou ípsilon, tudo que ele fala só pode ser falso". — Ora, quando um articulista se limita a simplesmente desqualificar o oponente (ampliando culpas alheias a ele como se fossem dele, num abuso indevido do ataque moral) e a reafirmar as próprias teses como se fossem evidentes por si mesmas, obviamente não provou nada."Esse texto do José augusto cabe muito bem neste seu discurso sem a menor honestidade intelectual.Sem falar na sua deselegância com com os irmãos do clero. Seu texto denota uma mente com dissonância cognitiva, só não sei se é de propósito.

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    9. Creio que o senhor padre não entendeu nada do que Jesus nos diz no evangelho de São Mateus 19,12. Leia por fazer e não relativize. Não se trata de não acolher a todos, pois TODOS deverão ser acolhidos menos relativizar com o pecado.

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  2. Eu sou divorciada e não sou "legalista" ou "tradicionalista", como se costuma julgar qualquer pessoa que se oponha às ideologias. No entanto, quando vou ao confessionário sou quase como que COAGIDA a ter um novo amor. Se a comunhão aos divorciados vai ficar por conta da "caridade" de um diretor espiritual, posso dizer com a mais absoluta certeza de que centenas de pessoas passarão a receber a Eucaristia em pecado, pois mesmo aquelas que buscavam a santidade através de uma vida casta, mesmo estas são hoje induzidas a partirem para uma segunda união pois, como nos dizem nossos confessores, "Jesus quer todos felizes", como se a felicidade consistisse nos prazeres do mundo. Sério mesmo, quando Jesus voltar será que encontrará FÉ sobre esta terra? E a nossa vocação à santidade? Por que parece tão difícil assim ser casto? Então a graça divina não nos basta mais? João Batista morreu em vão?
    Mas... quem perseverar até o fim será salvo, e eu quero, sim, fazer parte desse pequeno resto.

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    1. Irmã...lindo depoimento!Vivo o mesmo que você! Paz e bem!

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  3. Edith Stein também era acusada de estar na "soleira da entrada do Reino". Ela queria ser Santa e era criticada por isso. Desejar a santidade atualmente é farisaísmo. E profetizar também. João Batista profetizou em vão? Sofrer hoje é ruim? Então Jesus Cristo também sofreu em vão? Dobrem seus joelhos e busquem a Deus, enquanto Ele se deixa encontrar.

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  4. Uma coisa é certa, toda reforma incomoda os que estão acomodados e tem medo do novo. São Pio V foi um grande reformador coisa que os Tridentinos pouco sabem porque conhecem muito pouco da História da Igreja. Papa Francisco incomoda porque além de pastor ele é também profeta, e o profeta incomoda a todos. Os corruptos estão com muito medo do Papa Francisco. Quero responder para Eliana que não é reunir o clero, mas os quatro cardeais que querem uma reunião. Amoris Laetitia tem a verdade do Evangelho sim, porque a sua base é a “misericórdia”, quem não consegue ver é porque está com a mente tapada pelo farisaísmo, e esquecem de renovar a mentalidade, “...transformem-se pela renovação da mente”, Romanos 12,2. A maioria dos cardeais, bispos, padres e leigos que estavam no Sínodo, aprovaram Amoris Laetitia, o que eles querem é prevalecer a mentalidade deles que como já afirmei,oscilam entre o tomismo rígido e o neplatonismo agostiniano. Por gentileza, leia Amoris Laetitia sem pré-conceito e com o coração desarmado de ódio. Uma coisa certa que o papa pediu, e que incomodou, foi pedir para os bispos e cardeais que deixem de lado a categoria de príncipes porque não são filhos de rei, rainha, duque ou duquesa. Jesus Cristo não era príncipe porque vivia no meio do povo. Não podemos esquecer que Nosso Senhor Jesus Cristo incomodou fariseus, saduceus, mestres da lei, herodianos, sacerdotes judeu, incomodou também o Império Romano com a misericórdia e incomoda até hoje. Santa Teresa D’ Ávila também foi acusada de heresia. Quero responder que a Eucaristia é para os santos, mas também para os pecadores. “Quem estiver sem pecado atire a primeira pedra”. Esses quatro cardeais são intransigentes e hipócritas. Isso não é coisa recente, fizeram isso também contra São João XXII e tantos outros papas que iniciaram reforma na Igreja. No fundo outra questão que incomoda os quatro cardeais e os tradicionalistas é que o Papa Francisco combate veemente a corrupção na Igreja que não deveria existir e os abusos de menores, basta ver o banqueiro que é o líder do manifesto contra o Papa Francisco. Será que por detrás dele não estão bispos e padres conservadores???. Povo de Deus acorda... Fico feliz que minha reflexão incomoda muita gente, é bom sinal. Que a paz de Cristo reine em nossos corações. Gente não fiquem com raiva não, adoro uma boa briga no bom sentido.

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    1. Padre Benetido Mazeti,
      O Sr. então diria também que uma pessoa em estado de pecado grave, poderia receber a comunhão eucarística?
      Ainda, o Sr. afirmaria que uma segunda união contraída após um matrimonio válido, não seria adultério?
      Se possível, gostaria que o Sr. fundamentasse essas duas respostas nas Sagradas Escrituras, bem como no magistério de 02 milênios da Igreja!
      Muito obrigado

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  5. Mateus 7, 21 " Nem todo o que diz, Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus; mas sim o que FAZ a vontade de meu Pai que estás nos céus, esse entrará no reino dos céus."

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  6. Belo depoimento de Raquel. Não querem é carregar a Cruz que surge pela vida. A porta é estreita. A Santa Igreja jamais deve se moldar para satisfazer a quem quer que seja. Nós pertencemos à verdadeira Igreja de Cristo, não a essas ramificações surgidas com a tal Reforma. A vocação do cristão verdadeiro é ser santo, e não se será santo fazendo concessões ao mundo.

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